Longa Jornada Noite Adentro: O Revirão da Via Láctea

https://plus.google.com/+GregGibbs/posts/gSoqhySz3wp?pid=5798132785736415906&oid=103660764564513310100
https://www.facebook.com/CapturingTheNight/photos/pb.386621064729791.-2207520000.1409411176./427687420623155/?type=1&theater
https://plus.google.com/+GregGibbs/posts
"Aurora Australis Panorama"
Aurora Australis, light pollution, Zodiacal Light, The Large and Small Magellanic Clouds and The Milky Way.  
Southern NSW, Australia 9-10-2012






Ah,
 a observação dos céus estrelados a olho  nú 
é algo realmente encantador, 
emocionante 
e somente aqueles que se dedicam a esse tipo de observação 
saindo de suas poltronas (the arm-chair astronomer)
 e das telas mágicas de seus computadores -,
 conseguem compreender 
o maravilhamento que as estrelas e suas constelações 
e alguns objetos celestes visíveis à vista desarmada 
nos proporcionam, 
gratuitamente 
e quase eternamente....



"Endless"
https://www.facebook.com/shainblumphoto/photos/a.283946351718406.61562.282800301833011/618184241627947/?type=1&theater
http://shainblum.smugmug.com/

Michael Shainblum Photography/Film/Timelapse

facebook.com/shainblum





Olhar para o céu e se comover
é o primeiro passo. 



Olhar para o céu noturno é algo que sempre me comoveu, desde pequena,
com meus irmãos e eu indo parar no alto da caixa d’água,
em noites escuras,
para ficarmos conversando sob as estrelas ....
e sobre as estrelas.

Naqueles tempos do passado
- metade do século XX -,
a Nova Friburgo onde morávamos
era ainda uma cidade de luzes poucas
e voltadas,
amareladamente pálidas,
somente para o chão das ruas simples e provincianas,
que bom.

Havia também um livrão antigo de astronomia, em francês,
(que mais tarde descobri ser uma verdadeira relíquia
e que minha mãe deixou para mim, como herança:
Camille Flammarion, Astronomie Populaire,
edição de 1922!),
e sempre meus irmãos e eu estávamos folheando
e lendo
(tentando entender o francês
aliado às fotos black and white,
do passado,
de mais de um século atrás!).

Olharmos para o céu e nos comover é o primeiro passo.

O segundo passo é decidirmos se vamos ficar felizes e contentes dentro do Caos
ou se vamos tentar trazer o Caos para dentro do Cosmos.,

Cosmos quer dizer ORDENAÇÃO e Caos quer dizer caos mesmo....

Enfim,,
é preciso se estar em lugar de céu mais escuro e transparente,
longe das luzes poluentes das cidades, grandes, médias, pequenas...
Luzes são luzes em qualquer lugar
e poluem nossa visão do céu estrelado,
escondem as estrelas.






https://www.facebook.com/CapturingTheNight/photos/pb.386621064729791.-2207520000.1409411176./566917350033494/?type=1&theater


"Under The Dome"

The Southern Milky Way and Magellanic Clouds. 

Panorama made from eight portrait style images. Canon 5D MkII, 14mm, F/2.8 ISO 3200






DESCORTINANDO A VIA LACTEA

 Caro Leitor,
convido você a realizar um passeio ao longo da noite
para bem poder observar
o interessante Revirão da Via Lactea
que acontece a partir do ponto entre as constelações do Escorpião e do Sagitário
e que nos leva ao centro de nossa galáxia.



http://media.skysurvey.org/interactive360/index.html


Vemos a Via Lactea vindo do Escorpião
e avançando através as constelações do Centauro, da Cruz ...



http://media.skysurvey.org/interactive360/index.html


... viajando através o Navio ...


http://media.skysurvey.org/interactive360/index.html


... cumprimentando o Cão Maior;
então galgando o Monoceros
e concluindo-se em Órion...



http://media.skysurvey.org/interactive360/index.html


... espraiando-se em Touro e em Perseus
e voltando a surgir um tanto em Andromeda, em Cefeus...


http://media.skysurvey.org/interactive360/index.html


... até reassumir seu leito leitoso
a partir dos Cisne....,
voando junto à Águia...


http://media.skysurvey.org/interactive360/index.html


...  cumprimentando o Serpentário e a Serpente,
usando o Escudo 
para novamente
encontrar o ponto entre as constelações do Escorpião e do Sagitário,
o ponto que se dirige para o centro da Galáxia...



http://media.skysurvey.org/interactive360/index.html



Photo by Lynton Brown Landscapes in Australia.

https://www.facebook.com/LyntonBrownPhotography/photos/a.462478470444515.123549.460109630681399/960191917339832/?type=1&theater
Lynton Brown stitched together 9 portrait images to show the Milky Way over Green Lake, in Horsham, Australia on September 21, 2014. The glow above the water on the right – behind the tree – are town lights over Horsham. And the mysterious glow on the left? It’s the elusivezodiacal light.
Nikon D800e, 14mm Nikor glass, iso1250, 30sec, f2.8
Composite created Photoshop, and lighting adjusted using Lightroom.
http://earthsky.org/todays-image/milky-way-over-green-lake-in-horsham-australia






A
Longa Jornada Noite Adentro:
 O Revirão da Via Láctea
poderá ser sempre realizada 
quando as constelações do Escorpião e do Sagitário
estiverem se apresentando nos céus estrelados.

No entanto,
eu penso que, para se ter uma real boa ideia
sobre o que significa o Revirão da Via Lactea
é preciso que o Caro Leitor se posicione
 em um lugar de céus mais escuros e transparentes,
com amplitude de visão dos horizontes sul/norte e leste/oeste....,
e distante de luminosidade poluente da abóbada celeste
- assim como acontece nas grandes cidades.

E, é claro, também essa longa jornada noite adentro
precisa acontecer em tempos de Lua recém-Nova ou quase-Nova,
de maneira que a luminosidade de Selene
não atrapalhe nossa visão do Rio Leitoso, a Via Lactea.

Quer dizer, 
é preciso que o Caro Leitor se encontre diante da Via Lactea,
observando a Via Lactea, mergulhando na Via Lactea...;
sentindo-se como se fazendo parte da Via Lactea.  
E é.





"Make A Wish"
https://www.facebook.com/shainblumphoto/photos/pb.282800301833011.-2207520000.1409320848./578445245601847/?type=1&theater




Dois Dedos Iniciais de Prosa

Caro Leitor,
antes de mais nada,
gostaria de mencionar 
uma questão que  penso ser importante: 
é o fato de que as Ilustrações abaixo 
acontecem para a região onde moro
 (região sudeste do Brasil)
- onde tenho uma excelente visão dos céus do sul
porém com alcance limitado em termos dos céus do norte.

Eu aconselho o Caro Leitor
a confeccionar as Ilustrações 
- o Programa Stellarium é sempre muito fácil de ser trabalhado
http://www.stellarium.org/pt/ -
para o lugar onde estará observando
O Revirão da Via Lactea.

Gostaria de chamar a sua atenção
para os pontinhos que vão marcando, em amarelo,
os objetos mais proeminentes que são acolhidos pela Via Lactea,
e suas nomeações, em verde.


Quer dizer, observe com atenção,
ao longo de todas as Ilustrações que aqui venho apresentando,
que, com o andamento da carruagem da noite,
vai acontecendo uma movimentação muitíssimo interessante
da Via Leitosa através das constelações
que vão desaparecendo no horizonte de um lado
e que vão entrando em cena no horizonte oposto.


As Ilustrações Stellarium
para a Primeira Parte de nosso Trabalho
APRESENTANDO ÓRION CAINDO NO HORIZONTE OESTE
E ESCORPIÃO ENTRANDO EM CENA NO HORIZONTE LESTE
foram realizadas para os dias 25 e 26 de maio de 2017
quando era momento de Lua Nova.
Se você bem observar,
Caro Leitor,
nestas Ilustrações Stellarium
vamos encontrar Saturno
visitando o Serpentário, Ophiucus.


Em continuidade,
as Ilustrações Stellarium
para a Segunda Parte de nosso Trabalho
APRESENTANDO ESCORPIÃO ESCONDENDO-SE NO HORIZONTE OESTE
E O GIGANTE ÓRION SURGINDO NO HORIZONTE LESTE
foram realizadas para os dias 21 e 22 de novembro,
Lua em conclusão de ciclo e início de novo ciclo.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward




https://500px.com/photo/103815559/winter-sky-&-summer-sky-by-sergio-mont%C3%BAhttps://500px.com/photo/103815559/winter-sky-&-summer-sky-by-sergio-mont%C3%BAfar?from=userfar?from=userhttps://500px.com/photo/103815559/winter-sky-&-summer-sky-by-sergio-mont%C3%BAfar?from=user

Winter Sky & Summer Sky


https://500px.com/photo/103815559/winter-sky-&-summer-sky-by-sergio-mont%C3%BAfar?from=user

DESCRIÇÃO

I was thought that Orion and Scorpius where never visible together in the sky, well, I saw them while I was shooting some astrophotos during the equinox night time at 20:03 on 2015/03/21, set the camera and I capture both smile emoticon
The Panorama Image shows Scorpius and Orion, both over the horizon as this only happens for the equinox's skies. I remembered a -mithology story about both constellations I copy pasted a version of the story plus I did some workshops with kids and we used this story for some of the workshops.
Orion and Scorpius Scorpius: Orion was a skilled hunter. He was also boastful, asserting that no animal alive could harm him. Juno, wife of Jupiter, disliked mortal men, especially boastful men, so she decided to teach Orion a lesson. She placed a scorpion on the path that Orion took daily to his hunting grounds. As you might expect, Orion trod upon the scorpion, which stung him and killed him. But the story does not end here, for the gods were continuously quarreling among themselves. Diana, goddess of the moon and the hunt, fancied Orion, the greatest mortal hunter. They had often hunted together at night, neglecting her lunar duties (hence the dark nights near the new moon). She insisted that his likeness be memorialized in the sky, with his hunting dogs (Canis Major and Canis Minor) at his feet, where all could see it and remember his prowess. This did not please Juno, who insisted upon similar treatment for the Scorpion. Was it not a mightier hunter to slay the great Orion? Jupiter agreed to similarly honor the Scorpion, but in one of his wisest decisions placed the two constellations on opposite sides of the celestial sphere, where they cannot bother each other.

http://asterisk.apod.com/download/file.php?id=17495&sid=6fd48863603e551c343b17ec1a5b4e76&mode=view

Equinox panorama - winter and summer skies together
Copyrights: Sergio Montúfar





https://www.facebook.com/CapturingTheNight/photos/pb.386621064729791.-2207520000.1409411176./509062565818973/?type=1&theater


" Road To The Milky Way"




Longa Jornada Noite Adentro:
 O Revirão da Via Láctea




Na primeira Ilustração abaixo,
vamos encontrar a constelação do Escorpião entrando em cena
no horizonte mais a sudeste.


http://www.stellarium.org/pt



Richard Hinckley Allen, em seu famoso e importantíssimo livro
Star Names — Their Lore and Meaning -,
nos fala bem sobre 
ESCORPIÃO E ÓRION:


... Aratos said:
When the Scorpion comes
Orion flies to utmost end of earth.

Quando o Escorpião chega,
Orion desaparece no final da terra.

.............................................


Saiba mais
sobre a Constelação do Escorpião
acessando meu Trabalho
em
http://daterraaoceueaoinfinito.blogspot.com.br/2013/08/scorpius-o-escorpiao.html



Stellarium


Diz a lenda que Órion era um gigante caçador, amado por Ártemis, com quem quase se casou. O irmão de Artemis, Apolo, por sua vez, se aborrecia com tal aproximação entre os dois, chegando a censurar diversas vezes sem nunca obter resultado. Certo dia Apolo teve a oportunidade de se ver livre de seus aborrecimentos, percebendo que Órion vadeava pelo mar apenas com a cabeça fora d’água desafiou sua irmã, outra exímia caçadora, a acertar o alvo que distante se movia.
Impecável em sua pontaria ela atingiu em cheio seu amado, que fugia de um escorpião que Apolo havia enviado para matá-lo. O corpo, já moribundo, de Órion foi conduzido à praia pelas ondas do mar. Percebendo o engano que havia cometido, Artemis, em meio às lágrimas, pediu para Zeus colocar Órion e o escorpião entre as estrelas: o gigante trajado com um cinto, uma pele de leão, armado de uma espada e de sua clava, acompanhado por Sírius, seu cão, fugindo de seu inimigo escorpião.(Sírius ou Sírio é a estrela mais brilhante do céu e encontra-se na constelação Cão Maior, perto da constelação de Órion ou Orionte).
Outra versão é a de que Órion tentou violentar a deusa Ártemis. A fim de castigá-lo, Ártemis mandou um escorpião gigantesco morder-lhe o calcanhar, matando-o. Pelo serviço prestado à deusa, o escorpião foi transformado em constelação, simbolizando a raiva de Artemis por ter sido ameaçada de estupro ou, segundo algumas versões, por ter tido sua oferta afetiva e sexual rejeitada. .

Leia muito mais informações
sobre o Mito
de Órion e do Escorpião
acessando




Stellarium



Caro Leitor,
perceba que na Ilustração mais acima,
a Via Lactea, realizando-se bem aos céus do sul,
praticamente alinha-se horizontalmente.

No entanto,
na Ilustração mais abaixo, uma hora mais tarde,
veremos que, com a entrada em cena da constelação do Sagitário,
a Via Lactea assume bem intensamente as constelações
do Serpentário e da Serpente bem como do Escudo 
e já apontando para a 
chegada da Águia!

Caro leitor,
perceba que a imensa constelação da Virgem
posiciona-se bem ao meio do céu...
e esse parece ser um momento bem adequado
para que possamos estudar e observar
algumas de suas estrelas!

A Virgem é uma constelação imensa e cortada pelas Linhas da Eclíptica e pela do Equador Celestial.  

Existe o entrelaçamento destas duas Linhas - o que podemos traduzir como o Ponto do Equinócio de Outono, que acontece bem próximo à estrela Beta Virginis, Zavijava, situada na cabeça da Virgem. 

(É interessante conhecermos o fato de que o eclipse solar de 21 de setembro de 1922, aconteceu próximo a esta estrela e que foi por Einstein usada para confirmar sua teoria).

Em termos da Linha da Eclíptica e advindos da constelação do Leão, realizam seus caminhos aparentes o Sol e a Lua e os Planetas, adentrando todos pela Cabeça da Virgem, bem próximos à estrela Beta, Zavijava, e então passando pelo ombro e pelo peito, encontrando Zaniah, e, já na altura da Cintura, situa-se a belíssima Porrima.  

Todas essas situações são testemunhadas pelas constelações da Taça e do Corvo, na fronteira ao sul.  Spica, o ramo de trigo na mão da Virgem, é praticamente o último momento em que a linha da Eclíptica toca realmente o corpo virginal, seguindo em direção à constelação da Balança e tendo a Hydra como fronteira ao sul.  



Em termos da Linha do Equador, é interessante observarmos o fato de que esta corta praticamente ao meio a figura delineada da Virgem, desde sua cabeça, seus cabelos, passando por seu rosto, por seu pescoço e ombros e entre seus peitos e avançando até encontrar a cintura e ainda descendo por uma de suas pernas até situar-se no entrecruzamento de suas panturrilhas e deixando a Virgem depois de tocar em um de seus pés.

O ponto de entrecruzamento das Linhas da Eclíptica e do Equador perfaz o Equinócio do Outono e isso acontece no lugar que aponta bem proximamente entre o cabelo e o rosto da Virgem.


Virgo é o mais próximo dos grandes Aglomerados de Galáxias de forma que muitas de suas brilhantes galáxias podem ser observadas por telescópios amadores
(como por exemplo M84 e M86). 

As galáxias podem ser consideradas como os blocos de construção básica do universo.  Elas não são isoladas, independente em suas vizinhanças, porém ocorrem em sistemas que constam de dezenas, centenas ou mesmo milhares de membros que se atraem por suas forças gravitacionais.  Esses sistemas são denominados de Aglomerados de Galáxias - os Superaglomerados.


O AGLOMERADO DE GALÁXIAS, EM VIRGEM,
faz parte daquilo que nomeamos como Local Supercluster ou Superaglomerado Local que contém o Grupo Local acolhendo nossa Galáxia, a Via Láctea, e contém o Aglomerado de Virgem, bem próximo ao centro: o Superaglomerado Virgo.

Começando a partir de uma imensa lista de nebulosas publicada por William e John Herschel em 1863, foi conhecido o fato de que existia um excesso marcante de campos nebulosos na constelação de Virgem.  Nos anos 1950, o astrônomo Gerard Henri de Vaucouleurs foi o primeiro a comentar sobre este excesso representado por um tipo de galáxia de escala grandiosa - o que lhe garantiu o nome de Supergaláxia Local, em 1953 e que foi mudado  para Superaglomerado Local, em 1958.  O debate continuou durante os anos 60 e 70 em termos de se o Superaglomerado Local era verdadeiramente uma estrutura ou um alinhamento de galáxias tão somente.  Esta questão foi resolvida através as buscas usando redshift ao final dos anos 70 e começo dos anos 80, que, convincentemente apontou para a concentração de galáxias ao longo do plano supergaláctico.

Virgo Cluster ou Aglomerado de Galáxias, em Virgem, faz parte daquilo que nomeamos como Local Supercluster ou Superaglomerado Local que contém o Grupo Local acolhendo nossa Galáxia, a Via Láctea, e contém o Aglomerado de Virgem, bem próximo ao centro.

Também esta questão pode ser conhecida como o Superaglomerado Virgo ou Superaglomerado Local que se apresenta como um superaglomerado irregular e que contém o Aglomerado Virgo bem como o Grupo Local (que acolhe nossa Via Láctea e a galáxia Andromeda).  Acredita-se que pelo menos 100 grupos de galáxias e aglomerados situam-se dentro de seu diâmetro de 33 megaparsecs (110 milhões de anos-luz).  E este Superaglomerado é um dos milhões de superaglomerados que existem no Universo observável.

O  Superaglomerado Local contém o Grupo Local com nossa Galáxia, a Via Láctea, e também contém o Aglomerado de Galáxias Virgo próximo a seu centro - e, algumas vezes, é chamado de Virgo Superaglomerado. Dimensão de 33 megaparsecs = 110 milhões de anos-luz.

........................................


Saiba mais 

sobre a Constelação da Virgem
acessando meu Trabalho
em
VIRGO, A VIRGEM   
http://sobrevirgo.blogspot.com/ 



Stellarium





Uma hora mais tarde,
podemos observar o braço da Via Lactea mais ao sul
 podendo ser bem delineado
e também podemos observar 
que o braço que se propõe a seguir um caminho mais ao norte
também já começa a se delinear, 
com a entrada em cena da Águia.

Caro Leitor,
uma constelação que nos realmente chama a atenção
é Ophiucus, Ofiúco, o Serpentário!

Sabemos que todo o tempo em que estivermos comentando
sobre o andamento do Escorpião, de sudeste para sudoeste,
o Serpentário estará também presente e sempre trazendo consigo
a Serpente.

Quer dizer, 
o Serpentário e a Serpente acabam formando uma só constelação
- mesmo que sejam, na realidade, representados através três constelações, 
três asterismos!

Existem Serpens Cauda e Serpens Caput
e é o Serpentário quem as segura.

Ofiúco é considerado a 13a. Constelação do Zodíaco
Quando o Zodíaco foi originalmente nomeado, 
a Eclíptica não passava pelo Ofiúco, 
de forma que esta constelação não foi incluída. 

 Hoje em dia, sim, em função da precessão, 
 Ofiúco recebe a passagem da linha da Eclíptica 
e o Sol passa um bom tempo aqui 
depois de ter adentrado a Cabeça do Escorpião
 e passado ao largo de sua estrela Alpha, Antares.

Em relação à Serpens Cauda e Serpens Caput,
existem situações bem interessantes a serem observadas:

Eu moro num lugar de céus escuros e transparentes 
- volta e meia, nem sempre, infelizmente -, 
e em noites sem Lua, certamente eu aprecio imensamente observar
 a região entre Escorpião e Sagitário,
sendo que  o Serpentário, Ophicus, vem ocupando seu espaço um tantinho mais ao norte 
e sendo enlaçado, digamos assim,
 pela Cauda da Serpente e pela Cabeça da Serpente 
(a Cauda mais grudada a Escorpião e a Sagitário
 enquanto que a Cabeça se situa mais voltada para o Boieiro, Bootes, 
sempre apresentando sua belíssima estrela-alpha Arcturus, a mais bela do norte, 
e desafiando Hercules e... pasme!: protegendo a Coroa Boreal!)

Confesso que tenho uma certa dificuldade
 em divisar exatamente o Serpentário, Ophiucus 
(ainda não estudei bem esse posicionamento de estrelinhas tímidas).  
No entanto, a Cauda da Serpente bem como sua Cabeça são bem delineadas.

A Cabeça propriamente dita da Serpente é de uma beleza extremamente rara, 
com suas cinco estrelas 
(pelo menos, é bem assim que as vejo e conto)
 fazendo acontecer um Asterismo 
quase realizando uma imagem de um papagaio, uma pandorga, um kite, uma pipa...

É uma visão magnífica e ao mesmo tempo, aterrorizante!  
Quer dizer,
 a Coroa Boreal é uma constelação de delicadeza ímpar em suas estrelinhas tímidas... 
 Mais tímidas ainda são as estrelinhas que  compõem a Cabeça
 propriamente dita da Serpente... 
e é exatamente este fato que torna este conjunto de situações
 - Coroa Boreal e Cabeça da Serpente - 
como algo que realmente vale a pena ser observado...., 
sempre em lugares de céus escuros e transparentes 
e em noites sem Lua, de preferência.

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Saiba mais 
sobre as Constelações do Serpentário e da Serpente
acessando meus Trabalhos
em
OPHIUCUS, O SERPENTÁRIO, E
SERPENS CAPUT E SERPENS CAUDA, A SERPENTE   http://sobreophiucuseserpens.blogspot.com.br/
e

Stellarium




Quando a Águia entra em cena,
ela arrebanha consigo algumas constelações pequenas e bem interessantes
que existem em suas imediações
e que se apresentam através estrelas não muito proeminentes
que podem ser observadas em noites de ausência de Lua
e em lugares de céus mais escuros e transparentes.
São elas: Delphinus, Sagitta, Scutum, Equuleus, Vulpecula...

Quando a Águia entra em cena,
ela coloca em uma das posições de um altar triplo, digamos assim,
a estrela-alpha Aquilae, Altair!
Nas duas outras posições, são colocadas as estrelas
Vega, Alpha Lyrae, e Deneb, Alpha Cygnus.

Estas três estrelas formam o chamado 
Triãngulo do Verão
(para o hemisfério norte) 
Grande Triângulo do Norte
(para o hemisfério sul).

Entre essas três estrelas e essas constelações,
acontece o denominado Great Rift, a Grande Fenda, a Grande Fissura,
 o Vazio, 
o Rio do Vazio,
um vazio profundo e penetrante na Via Lactea
- e que trouxe à tona várias lendas interessantes
que envolvem estas três estrelas e esse certo tom de dificuldade
de inter-relação entre as mesmas.

Uma dessas lendas, nos fala de um pastor de ovelhas (Altair)
que vive junto às suas duas filhas (as estrelas Alshain e Tarazed, que formam
o conjunto que podemos denominar de As Três Marias do Norte).

Altair apaixonou-se e casou-se com Vega, que é uma tecelã
(porque o desenho da constelação da Lyra parece figurar um tear de estrelas),
mas que é impedida de viver junto à sua família.

No entanto, existe a fada-madrinha, Deneb, estrela-alpha Cygnus,
que faz com que uma única vez ao ano, 
Altair e suas duas filhas cruzem o Rio do Vazio 
e encontrem-se com Vega - sob as bênçãos de Deneb.

Esta questão pode acontecer em dois momentos:
ao começo de julho - quando o Grande Triângulo do Norte culmina,
encontra o zênite; ou em agosto - quando este Triângulo realiza-se
ao meio-dia.

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Saiba mais 
sobre as Constelações Lyra e Aquila
acessando meus Trabalhos
em


Sobre a Lenda da Tecelã e do Pastor,
acesse meu Trabalho
em
http://oceudomes.blogspot.com.br/2014/05/lua-saudando-o-grande-triangulo-do.html


Sobre
Delphinus, Sagitta, Scutum, Equuleus, Vulpecula,
acesse meus Trabalhos
em
http://oceudomes.blogspot.com.br/
mês de agosto/2014



Stellarium



Escorpião no Meio do Céu:
 O Revirão da Via Láctea


É hora de nos posicionarmos exatamente sob o Escorpião
e então tentarmos abrir nossos braços
- um dos braços seguindo a linha da Via Lactea ao norte
e outro braço seguindo a linha imaginária - porém reta -
da Via Lactea ao sul.

Isso feito, tente, bem vagarosamente, seguir o rumo do andamento noturno
da constelação do Escorpião
e sempre de braços abertos e estirados
em linhas seguindo a Via Lactea ao norte
e a Via Lactea ao sul...


É como se sentíssimos que estamos "varrendo" os céus!


A bem da verdade, esse rodopiar é fantástico
e pode nos trazer um tom de nos faz tremer não somente de emoção 
como também em nosso labirinto interior, 
é quase como se perdêssemos o chão: 
ficamos zonzos, tontos, 
quase caímos,
 quase perdemos o equilíbrio. 




Stellarium

Stellarium

http://www.eso.org/public/archives/images/screen/ann14045a.jpg
This view shows several of the ALMA antennas and the central regions of the Milky Way above. In this wide field view, the zodiacal light is seen upper right and at lower left Mars is seen. Saturn is a bit higher in the sky towards the centre of the image. The image was taken during the ESO Ultra HD (UHD) Expedition.
Credit:
ESO/B. Tafreshi (twanight.org)
http://www.eso.org/public/images/ann14045a/



O Revirão da Via Lactea um espetáculo imperdível e inesquecível 
e que nos traz uma realidade da mecânica celeste 
que vai além à realidade que vemos do caminhar das constelações e suas estrelas, 
todas advindas do horizonte leste, 
galgando as alturas dos céus e concluindo seu passear no horizonte oeste 
- com as constelações e estrelas mais ao sul realizando seu caminhar em elipse do sudeste ao sudoeste e com as constelações e estrelas mais ao norte realizando seu caminhar de maneira mais espraiada, digamos assim.


 A realidade do Revirão da Via Láctea parece varrer os céus, 
como se essa varrição viesse do sul em direção ao norte ou vice-versa..., 
como se fosse uma hélice, algo assim, 
cobrindo todas as direções, 
ao longo da noite
 e ao longo do caminhar do Escorpião, fundamentalmente. 


A realidade do Revirão da Via Láctea,

 quando o percebemos realmente
 - em lugares de céus escuros e transparentes 
e que nos apresentem o chumaço de algodão do caminho 
desta Via iluminada em bom estilo! -, 
nos faz tremer não somente de emoção 
como também em nosso labirinto interior, 
é quase como se perdêssemos o chão,
 ficamos zonzos, tontos, quase caímos, quase perdemos o equilíbrio.


Os braços da Via Láctea, 
centralizados no corpo do Escorpião
fazendo sua fronteira com a constelação do Sagitário, 
vão varrendo o céu vindo do sudeste, 
caminhando para o leste, 
passando pelo noroeste,
 pelo norte, 
pelo noroeste, 
pelo oeste... 
e ainda pelo sudoeste, 
pelo sul, 
novamente pelo sudeste. 


Stellarium




Ah, é uma verdadeira alegria podermos morar no hemisfério sul
e vivenciarmos um céu estrelado absolutamente fantástico
- principalmente quando a constelação do Escorpião já culminou
dando lugar à constelação do Sagitário ocupar este lugar nobre!

Observe, Caro Leitor,
que o caminho de estrelas esfumaçadas, 
a Via Lactea pode ser apreciada desde os mares por onde o Navio desliza...,
bem ao sul..., alcançando o caminho do meio entre sul e norte
e, então, galgando em direção ao norte,
um longo leito de leite derramado, de estrelas esfumaçadas,
de objetos fantásticos a serem buscados e encontrados
seja a olho nu, à visão desarmada,
ou seja através as lentes ópticas de binóculos ou telescópios simpáticos!



Stellarium



Caro Leitor,
se você retornar as Ilustrações
até encontrar o momento em que o Escorpião e o Sagitário
já encontram-se recém adentrados em cena
a partir do horizonte leste,
observará que a Via Lactea vem acontecendo de maneira mais horizontal,
digamos assim,
mais próxima ao horizonte sul, entre os horizontes sudoeste e sudeste
- no oeste, o horizonte acolhendo a caída do Gigante Caçador Orion,
e no leste, o horizonte acolhendo a chegada do Escorpião seguido do Sagitário.

No entanto, com o andar da carruagem da noite
e da Via Lactea através o Escorpião e o Sagitário buscando o Meio do Céu,
o zênite dos céus estrelados,
observaremos que a Via Lactea, o caminho das estrelas esfumaçadas,
apresenta-se de maneira bem mais vertical, digamos assim,
do horizonte sul ao horizonte norte
- mesmo que já demostrando um certo ondular...,
com o Navio ao sul já voltado inteiramente para seu desaparecimento 
no horizonte do sudoeste...,
e com a Águia ao norte já desviando o caminho das estrelas esfumaçadas,
a Via Lactea, para buscar o Cisne e então
rastrear as constelações já bem próximas do horizonte norte,
Cefeus e Cassiopeia.

.......................................

Podemos perceber, na Ilustração abaixo,
que o Grande Triângulo do Norte
(ou Triângulo do Verão, como é conhecido no hemisfério norte)
encontra seu lugar magnânimo ao culminar nos céus estrelados!

Eu penso que é sempre uma grande emoção
visualizarmos 
o Grande Triângulo do Norte
composto pelas estrelas
Altair (Alpha Aquilae), 
Vega (Alpha Lyra) 
e Deneb (Alpha Cygnus).

 São dois pássaros voando - Águia e Cisne - e um instrumento musical tocando - Lira, Violino, Címbalo, Harpa, Cítara -, e também sempre não podemos nos esquecer que a constelação da Lira tem sido denominada de Vultur Cadens, Águia que Cai, Abutre Mergulhando, ou seja, formando uma trindade de pássaros e suas estrelas Alpha - Altair, Deneb e Vega (cujo vocábulo deriva de uma Ave de Rapina, Al Waki) : o Grande Triângulo do céu do norte! 

A Lira é uma constelação sempre maravilhosa e nos trazendo seu encantamento, seja através a observação a olho nú, ou através binóculos e telescópios.

A Lira, enquanto um instrumento musical, pode sempre estar nos apresentando apenas um dos instrumentos de sua grande orquestra....; ou pode sempre estar nos apresentando alguns ou mesmo (quase) todos os instrumentos/objetos celestiais de sua grande orquestra..;. e ainda o maestro apontando seu super telescópio para poder amealhar outros demais instrumentos/objetos celestes que aguardam serem revelados ao público sempre disposto a aplaudir a doce musicalidade advinda dessa belíssima constelação dos céus estrelados do norte! 

O simples e singular instrumento musical da Lira acontece quando a observamos a olho nú e nos deixamos encantar pela delicada música realizada através de suas cordas tremulantes sendo dedilhadas pelo mito de Orpheu. 

Alguns ou mesmo (quase) todos os instrumentos/objetos celestiais de sua grande orquestra acontece quando a observamos através simpáticos telescópios, de menor ou de maior potência.  Surgem objetos celestes admiráveis, fundamentalmente entra em cena a belíssima e sempre tão buscada e observada Nebulosa do Anel!

 O maestro regendo a grande orquestra e ainda revelando mais e mais instrumentos/objetos celestiais que aguardam por seus momentos de entrada..., acontece quando os super telescópios e a tecnologia cada vez mais avançada das várias formas de fotografia são direcionados para esta constelação! Aglomerados e Galáxias entram em cena e tomam seus lugares.

Eu diria que, nesta orquestra dos céus, o lugar do solista é ocupado pela estonteante Nebulosa do Anel que vai sendo revelada mais e mais em seus profundos segredos que repousam em seu interior aparentemente vazio e que vai se enchendo de estrelas, pouco a pouco - quanto mais avançadamente a astronomia caminha, mais profundamente investiga e traz à luz objetos celestiais ainda nem sonhados em nossa vã filosofia...!  Talvez possamos pensar que o maestro seja representado pela segunda mais brilhante estrela dos céus do norte e a quinta mais brilhante estrela de todos os céus: Vega.

Você e eu, Amantes das Estrelas, somos o público e nos posicionamos ansiosamente diante do belíssimo espetáculo apresentado no palco dos céus estrelados!


Do lado da margem do Rio do Vazio onde a constelação da Águia se encontra, poderemos em sua Cabeça, observar a intenção trina de imitação das estrelas componentes visualmente do Cinturão do Orion, o Gigante Caçador (as popularmente chamadas de Três Marias) através suas estrelas Alpha Aquilae, Altair, acompanhada de Beta Aquilae, Alshair, e de Gamma Aquilae, Reda ou Tarazed.

 Aquilo que eu, Janine, denomino enquanto Rio do Vazio, é um pedaço de escuridão, de vazio,  de fissura, de hiato, de brecha, que traz uma bifurcação, digamos assim, no caminho das estrelinhas de algodão da Via Láctea, a partir das constelações da Águia, do Escudo, da Cauda da Serpente e de Hércules, e que vai avançando tendo as constelações da Águia, de Hercules, de Sagitta, da Vulpecula e ainda a constelação da Lira em sua fronteira e concluindo seu percurso adentrando o Cisne até encontrar a praia de estrelinhas de algodão e encontrando ainda duas lagoas que terminam aos pés de Deneb, Alpha Cygnus. 


Esse Rio do Vazio é conhecido como a Grande Fissura, the Great Rift, a Grande Fenda.


A Águia voa altaneira, sempre capitaneada por suas três estrelas imediatamente acima descritas.  No entanto, também em sítios de céus escuros e transparentes, poderemos nos deixar encantar pelas presenças de três pequenas constelações aliadas à Águia.  São elas: Scutum, o Escudo, Delphinus, o Delfim, e Sagitta, a Flecha.  A meu ver, a constelação do Escudo não se mostra assim tão claramente, é mais difusa em seu delineado.  No entanto, o Delfim é de uma delicadeza ímpar em seu delineado se apresentando como se fosse uma pedra preciosa sendo esculpida com zelo..., e a Flecha nos faz sempre sorrir ao vê-la pois que se apresenta literalmente enquanto esse objeto!

Certamente, sempre que nos deparamos com a beleza de vôo realizado pela Águia - vôo esse sempre acompanhado pelo Delfim, pela Flecha, pelo Escudo e pelo Cavalo, Equuleus (confesso que não consigo bem visualizar esta pequena constelação) -, podemos ter a referência da constelação zodiacal do Capricórnio, que se apresenta, a olho nú, em um delineado de grande triângulo, realmente.  Em seguimento, entra em cena Aquarius, com seu surpreendente ziguezaguear de estrelinhas tímidas que acabam se enredilhando com os Peixes voltados para testemunharem o mito de Andromeda, através esta constelação acolhedora de nossa irmã-galáxia de mesmo nome e através o Cavalo Alado, Pegasus.

E é certo que nosso olhar voltado para Altair, Alpha Aquilae, estará sempre nos fazendo recordar a presença do Grande Triângulo formado por esta estrela e ainda por Deneb, Alpha Cygnus, e pela nossa tão já decantada e encantada e comentada Vega!  (Confesso ao Caminhante do Céu que meu quarto está voltado para o leste e fico muito feliz quando, já deitada em minha aconchegante cama, posso esperar pela chegada e saudação desta estrela, Altair, voando junto às suas duas irmãs - quase como uma repetição de As Três Marias!).

O Cisne é uma constelação imensa e muitíssimo arrebatadora, eu diria, porque se apresenta enquanto um verdadeiro e imenso pássaro voando com suas asas inteiramente abertas, esticadas, projetadas rumo norte e rumo sul, cabeça ereta e honrosa, e cauda ainda mais honrosa pois que é representada por sua estrela Alpha, Deneb (deneb é um vocábulo que quer dizer cauda, rabo).

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Saiba mais
sobre a Águia, a Lira e o Cisne
e sobre as estrelas que formam o Grande Triângulo do Norte
acessando meus Trabalhos 
em
http://oceudomes.blogspot.com.br/2014/07/lua-cheia-iluminando-o-grande-triangulo.html
e
http://oceudomes.blogspot.com.br/2014/05/lua-saudando-o-grande-triangulo-do.html



Stellarium



Podemos agora observar o fato de que o Escorpião e o Sagitário
já buscam suas descidas rumo ao horizonte oeste ou sudoeste, melhor dizendo,
e a Via Lactea vem se apresentando desde o Centauro acolhendo o Cruzeiro do Sul
(ambos já desaparecendo no horizonte mais ao sul...),
e, o Cisne, ao norte, também orienta seu voo
- juntamente com o Abutre (a Lyra) e a Águia
rumo ao horizonte oeste e noroeste...

E podemos também observar a entrada em cena de maneira bem mais enfática,
do casal figurado pelas constelações Cefeus e Cassiopeia, bem ao norte,
e de Andromeda (sempre unida ao Cavalo Alado Pegasus - que já se encontra em cena desde há muito tempo),
a Donzela Acorrentada e dona do Mito sobre Andromeda e Perseus
(sendo que Perseus ainda não encontra-se em cena!).
Quer dizer,
a Via Lactea já começa a realizar seu caminho buscando o sul....


Eu penso que também é interessante que observemos o fato
de que quando o Escorpião começa a se dirigir para
sua caída no horizonte sudoeste,
a constelação do Aquário, o Aguadeiro,
 busca ocupar seu lugar no Meio do Céu,
no zênite dos céus estrelados.

Ah, é uma verdadeira emoção poder contemplar as estrelinhas tímidas e ziguezagueantes que o Aguadeiro nos traz!

Quando eu digo "estrelinhas tímidas", estou querendo dizer que são estrelinhas bem pouco evidentes, bem pouco iluminadas, bem pouco brilhantes aos nossos olhos e que podem ser bem visualizadas somente em lugares de céus escuros e transparentes, sem dúvida alguma.

Quando eu digo "estrelinhas ziguezagueantes", estou querendo significar as verdadeiras ondinhas formadas por estas estrelinhas tímidas e que vão formando as águas derramada pelo jarro que o Aguadeiro traz!

Aliás, eu diria que a Ilustração do Aguadeiro com seu Jarro deixando a água jorrar - apresentada imediatamente abaixo -, é absolutamente perfeita para imajar aquilo que eu denomino de "estrelinhas tímidas e ziguezagueantes".

 Sinto-me também muitíssimo feliz quando consigo encontrar 
uma das Cabeças dos Peixes - que penso sempre estar um tanto enredilhada dentre as estrelinhas ziguezagueantes do Aguadeiro.  No entanto,  esta Cabeça de um dos Peixes (esse que fica bem diante do chamado Ponto Vernal, o encontro entre as Linhas do Equador Celestial e da Eclípitica), é bem arredondada, quer dizer, traz uma figura já diferenciada do caos, digamos assim, que podemos observar nas estrelinhas de Aquarius.

Um outro limite que podemos encontrar nas estrelinhas tímidas  e ziguezagueantes do Aguadeiro acontece através a belíssima estrela-alpha Piscis Austrinus, Fomalhaut, a boca do peixe do sul.  Não podemos nos esquecer que a belíssima Nebulosa Helice situa-se entre o Aguadeiro e Piscis Austrinus e bem próxima a Fomalhaut.

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Saiba mais 
sobre a Constelação do Aguadeiro, Aquarius,
acessando meu Trabalho
em
AQUARIUS, O AGUADEIRO   
http://sobreaquarius.blogspot.com.br/


Stellarium





Caro Leitor,
observe que a Ilustração abaixo nos apresenta
uma estrela que culmina: Fomalhaut, a boca do Peixes Austral,
estrela-alpha Piscis Austrinus!

Fomalhaut nos lembra Aldebaran que nos lembra Regulus que nos lembra Antares... que nos lembra Fomalhaut... que nos lembra...

- Sobre o que estou falando?

- Sobre 
as Quatro Estrelas-Reais dos antigos Persas 
e que se posicionam em quatro cantos dos céus estrelados!

 Há cerca de 5.000 anos, estas estrelas
ocupavam os tronos de marcação de Equinócios e de Solstícios, 
na chamada Era de Touro.
Eram conhecidas como as Guardiãs das Estações do Ano.

As Quatro Estrelas Reais são:

- a estrela-alpha Tauri, Aldebaran, trazendo a Primavera, a Guardiã do Leste,
- a estrela-alpha Leonis, Regulus, trazendo o Verão, a Guardiã do Sul.

- a estrela-alpha Scorpii, Antares, trazendo o Outono, a guardiã do Oeste.  
- a estrela-alpha Piscis Austrinus, Fomalhaut, trazendo o Inverno, a Guardiã do Norte.

(Sabemos que a estrela Fomalhaut não fez parte das constelações da Linha da Eclíptica.  Porém, esta é a estrela mais proeminente durante o céu do inverno, a partir do ponto de vista do hemisfério norte).

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É realmente interessante que possamos perceber
 as questões relativas às mudanças de Eras
 em termos de onde caem os Pontos de Equinócios e de Solstícios:

A Era de Gêmeos trouxe o Ponto Vernal a acontecer dentro desta constelação ocupando o lugar de Primavera, Virgem ocupando o lugar do Solstício do Verão, Sagitário ocupando o lugar do Equinócio do Outono e Peixes ocupando o lugar do Solstício de Inverno.

A Era de Touro trouxe o Ponto Vernal a acontecer dentro desta constelação ocupando o lugar de Equinócio da Primavera; Leão ocupando o lugar do Solstício do Verão; Sagitário ocupando o lugar do Equinócio do Outono e Peixes ocupando o lugar do Solstício de Inverno.

Permita-me lhe dizer, caro Amigo das Estrelas, que teria sido naquela Era que surgiu o conceito das Quatro Estrelas Reais, Guardiãs das Quatro Estações do Ano e da Vida:  em Touro, Aldebarã, o olho iluminado, guardiã do Leste; em Leão, Regulus, sua pata dianteira, guardiã do Sul; em Escorpião, Antares, a rival de Marte, Anti-Ars, gigante vermelha maravilhosa, guardiã do Oeste; e finalmente, Fomalhaut, em Pisces Austrinus, guardiã do Norte.

A Era de Áries trouxe o Ponto Vernal a acontecer dentro desta constelação ocupando o lugar de Equinócio da Primavera; Câncer ocupando o lugar de Solstício do Verão; Balança ocupando o lugar do Equinócio do Outono e Capricórnio ocupando o lugar do Solstício de Inverno.

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Leia mais sobre este Tema
acessando meu Trabalho em
http://oceudomes.blogspot.com.br/2014/06/quatro-reais-estrelas-aldebaran-regulus.html

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Observe, então, Caro Leitor,
que na Ilustração abaixo
 vamos encontrar o Escorpião já buscando deitar-se no horizonte sudoeste,
enquanto Fomalhaut impera e culmina no Meio do Céu, 
no zênite dos céus estrelados,
e podemos também observar que
entra em cena no horizonte leste
a constelação do Touro
 - cuja estrela-alpha Tauri é a maravilhosa Aldebaran!

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Saiba mais sobre as estrelas
Fomalhaut e Aldebaran
acessando meus Trabalhos 
em
http://oceudomes.blogspot.com.br/2014/04/lua-e-venus-boemias-cumprimentando.html
e
http://oceudomes.blogspot.com.br/2014/08/lua-aldebaran-e-hyades-na-madrugada-de.



Stellarium




Podemos pensar que a Ilustração abaixo vem nos começar
a bem nos situar dentro do Mito de Andromeda e Perseus
- porque neste momento podemos observar o fato
de que todas as constelações envolvidas neste Mito
já estão presentes nos céus estrelados 
(Perseus acabou de entrar em cena, juntamente com a constelação do Touro
enquanto o Escorpião encerra sua visita aos nossos olhares
que vieram observando o Revirão da Via Lactea
em nossa Longa Jornada Noite Adentro!).


É realmente interessante percebermos que as constelações de Cepheus e de Cassipeia se posicionam muitíssimo próximas ao círculo polar - e mal podem ser visualisadas por inteiro por mim (que moro em Latitude 21S52 e Longitude 43W00).  No entanto, as constelações de Perseus, de Pegasus e de Andromeda já se situam a meio caminho entre o norte propriamente dito e o Equador celestial.   

O mito de Andromeda e Perseus 
nos fala sobre o fato de que a Princesa foi acorrentada numa ilha....  Podemos, então, perceber que exatamente no Ponto Vernal, quer dizer, o ponto de entrecruzamento entre as Linhas do Equador Celestial e da Eclíptica se situa  um tantinho abaixo do Grande Quadrado que une as constelações do Cavalo Alado Pegasus e de Andromeda, na simpática e tímida em suas estrelinhas formando dois círculos, a constelação Pisces, os Peixes.  Quer dizer, o mar está implícito neste Mito de Andromeda!

E também não podemos deixar de notar que neste mar - porém um tanto mais distante, digamos assim -, nada e se apresenta de maneira absolutamente imensa o Monstro Cetus, a Baleia...., porém já no chamado hemisfério sul do Globo Celestial!  Quer dizer, Cetus é uma ameaça, sim - assim como o Mito insiste -, mas situa-se mais distanciado (mesmo que imensamente grande e chamando nossa atenção exatamente por seu tamanho descomunal....

Estas questões sempre podem ser apreciadas em lugares de céus escuros e transparentes.

Aliás, sempre que estivermos diante do Grande Quadrado do Cavalo Alado Pegasus chegando até Andromeda, constelações ao Norte,
devemos fazer um traçado diretamente para o Sul até alcançarmos e nos deixarmos embevecer pela visão maravilhosa das duas Nuvens de Magalhães!  (Aqui na roça do Sítio das Estrelas, onde moro e trabalho, um ajudante meu sempre apontava para estes dois pontos esfumaçados dos céus do sul dizendo que era as Mulas do Presépio de Jesus!).

O Mito de Andromeda

AS CONSTELAÇÕES QUE FAZEM PARTE DO MITO DE ANDROMEDA:

A Constelação de Andromeda, a Donzela Acorrentada
Andrômeda era a filha de Cefeus,  rei da Etiópia, e de Cassiopeia.  Por causa dos boatos espalhados por Cassiopéia de que a beleza de Andrômeda superava a das Nereidas, Netuno enviou um mostro marinho, Cetus, a Baleia, para devastar aquele país.  Porém, Netuno fez a promessa de libertar o país dessa devastação caso Andromeda fosse oferecida em sacrifício, sendo acorrentada a uma rocha, para ser devorada pelo monstro marinho.  No entanto, Perseus soube desse caso e salvou Andrômeda de seu tormento matando o monstro e o transformando em pedra ao lhe mostrar a cara da Medusa.  Ambos, Perseus e Andrômeda, alçaram vôo alto, sobre Pegasus, o cavalo alado, e se dirigiram para o altar onde se casaram.

A Constelação dos Peixes
É neste cenário - nos mares dos Peixes - que podemos encontrar a Ilha
onde Andromeda está amarrada às pedras e sendo ameaçada
pelo Monstro Marinho, Cetus, a Baleia.

A Constelação de Cetus, a Baleia ou Monstro Marinho
Cetus representa o monstro marinho enviado por Netuno para devorar Andrômeda. 

A Constelação de Pegasus, o Cavalo Alado
Dizem que Pegasus nasceu a partir do sangue da Medusa quando Perseus cortou fora sua cabeça.  Mais tarde, o cavalo foi domado e cavalgado por Bellerofonte que se cansou das questões pertinentes à Terra e tentou voar em direção aos céus porém caiu.  Pegasus, no entanto, continuou sua cavalgada, entrando no céu e tomando seu lugar entre as estrelas.

A constelação de Perseus, o Herói e Campeão
Perseus, era filho de júpiter e Danae, portanto, um semideus a quem Mercúrio deu de presente espada, capa e asas nos pés e também o escudo pertencente à Minerva.  O herói matou a Medusa ao cortar sua cabeça e mais tarde, salvou Andrômeda, com quem se casou e teve alguns filhos.  Quando retornava para sua casa, ele matou acidentalmente seu próprio avô e endoideceu de tanta dor, mas Júpiter apiedou-se dele e o colocou entre as estrelas.

A Constelação de Cassiopeia, a Rainha Invejosa, a Mulher Sentada
Andrômeda era a esposa do rei Cefeus, da Etiópia, e mãe de Andrômeda.  Ambas eram belíssimas mas alguns dizem que Cassiopéia era muitíssimo invejosa da beleza de sua filha...  e espalhou o boato que esta era ainda mais bela do que as Nereidas.  Um monstro marinho, Cetus, a Baleia, foi então enviado por Netuno ou para devastar todo o país ou somente para devorar Andrômeda, que seria acorrentada a uma rocha.  Sabemos que Perseus salvou Andrômeda e com ela se casou.  Mas por todos esses acontecimentos, Cassiopeia foi condenada a se sentar em seu trono e rodear o pólo norte de cabeça para baixo, como um lição de humildade.

A Constelação de Cefeus, o pai de Andrômeda 
Cefeus, rei da Etiópia, foi levado aos céus  conjuntamente com sua esposa, Cassiopeia, e sua filha Andrômeda em comemoração sobre os eventos e realizações atuados por Perseus.

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Ah, a observação dos céus estrelados a olho  nú é algo realmente encantador, emocionante e somente aqueles que se dedicam a esse tipo de observação-          saindo de suas poltronas (the arm-chair astronomer) e das telas maravilhantes de seus computadores -, conseguem compreender o maravilhamento que as estrelas e suas constelações e alguns objetos celestes visíveis à vista desarmada nos proporcionam, gratuitamente e quase eternamente....

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Saiba mais 

sobre a Constelação de Andromeda
acessando meu Trabalho
em
ANDROMEDA,  
A PRINCESA ACORRENTADA
 http://sobreandromeda.blogspot.com.br/

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Caro Leitor,
veja que na Ilustração abaixo,
a constelação do Escorpião está realmente escondendo-se
no horizonte sudoeste...,
enquanto podemos já observar
que a constelação do Gigante Caçador Orion vem entrando em cena,
no horizonte leste.

Nossa Longa Jornada Noite Adentro
acompanhando o Revirão da Via Lactea
vem encontrando um tom de conclusão...

No entanto, ainda uma outra Jornada poderá vir a ser encetada
- assim como você, Caro Leitor, poderá vir a observar
na segunda parte desse nosso Trabalho.


Stellarium



Quando o Gigante Caçador Órion entra em cena no horizonte Leste,
o Escorpião despede-se da cena, caindo no horizonte Oeste.

Observe, Caro Leitor,
que toda a abóbada celeste
em seus quatro cantos,
em seus todos horizontes,
tudo encontra-se acolhendo um tantinho
 de caminho de estrelinhas esfumaçadas,
um tantinho de Via Lactea!

Me parece que a abóbada celeste
se apresenta como um verdadeiro colchão de estrelas iluminando suas bordas;
ou como um espelho emoldurado de luzes encantadoras e emocionantes,
algumas inefáveis, sutis,
outras mais intensas, veementes, grandiosas, chamativas!



Stellarium


A chegada  da luz do Sol
é sempre um acontecimento inexorável de ser realizado, não é verdade?


Ah, que belo momento!
A Via Lactea emoldura por inteiro
a abóbada celeste!

No entanto,
existe um andar de carruagem, digamos assim,
quando poderemos perceber
que aquilo que vemos como Via Lactea apresentando-se desde o sudoeste até o noroeste.... vai se escondendo...,
enquanto aquilo que percebemos como Via Lactea apresentando-se desde o sudeste até o nordeste
- a partir da entrada em cena do Gigante Caçador Orion -,
começa a invadir a abóba celeste,
realizando sua viagem...






Esta nova viagem, Caro Leitor,
Longa Jornada Noite Adentro,
a partir da chegada do Gigante Orion,
poderá estar sendo por nós vivenciada
na segunda parte desse nosso Trabalho, mais abaixo.



https://www.facebook.com/CapturingTheNight/photos/pb.386621064729791.-2207520000.1409394819./672964752762086/?type=1&theater
"Green Energy"



http://www.space.com/27028-stunning-night-sky-photos-september-2014.html
By Space.com Staff  

Milky Way Over San Pedro de Atacama


Credit: William Praniski

The summer night sky can be a wonderland for amateur astronomers and seasoned astrophotographers, offering views of planets aplenty. In this gallery, you'll see some of the most amazing night sky views sent in to Space.com in September 2014 by stargazers.
Here: Astrophotographer William Praniski captured this photo of two observers and the majestic Milky Way overhead from the Chilean town of San Pedro de Atacama, taken July 27, 2014.




Em continuidade
à
Nossa Longa Jornada Noite Adentro,
vamos observar a entrada em cena
do Gigante Caçador Orion
e consequente saída de cena do Escorpião....



As Ilustrações Stellarium
apresentando
 O ESCORPIÃO ESCONDENDO-SE NO HORIZONTE OESTE
E O GIGANTE ÓRION SURGINDO NO HORIZONTE LESTE
foram realizadas para os dias 21 e 22 de novembro,
Lua em conclusão de ciclo e início de novo ciclo.

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Na Ilustração abaixo, Caro Leitor,
observe que com a saída de cena da constelação do Escorpião,
todo o braço da Via Lactea que viemos observando
apresentando-se no céu estrelado
simplesmente começa a desaparecer
juntamente com as constelações que o vão acolhendo,
desde o sul até o norte.
Permanece, no entanto, o esfumaçado caminho de estrelas
que é acolhido pelas constelações bem mais ao norte
- Cefeus e Cassiopeia -,
e ainda começando a se movimentar buscando o direcionamento rumo ao sul,
através as constelações de Andromeda e de Perseus.




Stellarium


Quando o Gigante Caçador Órion entra em cena no horizonte Leste,
o Escorpião despede-se da cena, caindo no horizonte Oeste.


Diz a lenda que Órion era um gigante caçador, amado por Ártemis, com quem quase se casou. O irmão de Artemis, Apolo, por sua vez, se aborrecia com tal aproximação entre os dois, chegando a censurar diversas vezes sem nunca obter resultado. Certo dia Apolo teve a oportunidade de se ver livre de seus aborrecimentos, percebendo que Órion vadeava pelo mar apenas com a cabeça fora d’água desafiou sua irmã, outra exímia caçadora, a acertar o alvo que distante se movia.
Impecável em sua pontaria ela atingiu em cheio seu amado, que fugia de um escorpião que Apolo havia enviado para matá-lo. O corpo, já moribundo, de Órion foi conduzido à praia pelas ondas do mar. Percebendo o engano que havia cometido, Artemis, em meio às lágrimas, pediu para Zeus colocar Órion e o escorpião entre as estrelas: o gigante trajado com um cinto, uma pele de leão, armado de uma espada e de sua clava, acompanhado por Sírius, seu cão, fugindo de seu inimigo escorpião.(Sírius ou Sírio é a estrela mais brilhante do céu e encontra-se na constelação Cão Maior, perto da constelação de Órion ou Orionte).
Outra versão é a de que Órion tentou violentar a deusa Ártemis. A fim de castigá-lo, Ártemis mandou um escorpião gigantesco morder-lhe o calcanhar, matando-o. Pelo serviço prestado à deusa, o escorpião foi transformado em constelação, simbolizando a raiva de Artemis por ter sido ameaçada de estupro ou, segundo algumas versões, por ter tido sua oferta afetiva e sexual rejeitada. .

Leia muito mais informações
sobre o Mito
de Órion e do Escorpião
acessando

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https://500px.com/photo/103815559/winter-sky-&-summer-sky-by-sergio-mont%C3%BAhttps://500px.com/photo/103815559/winter-sky-&-summer-sky-by-sergio-mont%C3%BAfar?from=userfar?from=userhttps://500px.com/photo/103815559/winter-sky-&-summer-sky-by-sergio-mont%C3%BAfar?from=user

Winter Sky & Summer Sky


https://500px.com/photo/103815559/winter-sky-&-summer-sky-by-sergio-mont%C3%BAfar?from=user

DESCRIÇÃO

I was thought that Orion and Scorpius where never visible together in the sky, well, I saw them while I was shooting some astrophotos during the equinox night time at 20:03 on 2015/03/21, set the camera and I capture both smile emoticon
The Panorama Image shows Scorpius and Orion, both over the horizon as this only happens for the equinox's skies. I remembered a -mithology story about both constellations I copy pasted a version of the story plus I did some workshops with kids and we used this story for some of the workshops.
Orion and Scorpius Scorpius: Orion was a skilled hunter. He was also boastful, asserting that no animal alive could harm him. Juno, wife of Jupiter, disliked mortal men, especially boastful men, so she decided to teach Orion a lesson. She placed a scorpion on the path that Orion took daily to his hunting grounds. As you might expect, Orion trod upon the scorpion, which stung him and killed him. But the story does not end here, for the gods were continuously quarreling among themselves. Diana, goddess of the moon and the hunt, fancied Orion, the greatest mortal hunter. They had often hunted together at night, neglecting her lunar duties (hence the dark nights near the new moon). She insisted that his likeness be memorialized in the sky, with his hunting dogs (Canis Major and Canis Minor) at his feet, where all could see it and remember his prowess. This did not please Juno, who insisted upon similar treatment for the Scorpion. Was it not a mightier hunter to slay the great Orion? Jupiter agreed to similarly honor the Scorpion, but in one of his wisest decisions placed the two constellations on opposite sides of the celestial sphere, where they cannot bother each other.

http://asterisk.apod.com/download/file.php?id=17495&sid=6fd48863603e551c343b17ec1a5b4e76&mode=view

Equinox panorama - winter and summer skies together
Copyrights: Sergio Montúfar


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Na Ilustração abaixo, Caro Leitor,
uma hora mais tarde,
podemos observar que restam somente algumas partes da Via Lactea 
ainda envolvendo o Sagitário
 e a partir desta constelação rumo às constelações mais ao sul.

E podemos continuar observando o fato de que o leito esfumaçado de estrelas
continua se apresentando
 através as constelações bem mais próximas ao horizonte norte
bem como começando a desder em direção ao sul 
através Andromeda e Perseus...

E, com a trinfal entrada em cena do Gigante Caçador Orion,
também seu acolhimento de parte da Via Lactea começa a ser visível.

Da mesma forma,
também podemos constatar o rasgo de luz branca esfumaçada 
tocando o Cão Maior
- que também passa a entrar em cena -,
e buscando saudar o Navio 
que começa a navegar nos céus estrelados visíveis!



Stellarium



Na Ilustração abaixo, Caro Leitor,
podemos já ter um boa ideia sobre a entrada em cena
das constelações que acolhem o braço da Via Lactea 
que vem ornando as constelações do horizonte norte 
e aquelas que já se apresentam mais aproximadas ao sul
- como Andromeda e Perseus,
 ambos já em bom momento para serem observados 
através as lentes ópticas
 em termos dos objetos interessantíssimos que acolhem! -;
e podemos perceber que constelações
 como o Auriga e o Touro também se apresentam por inteiro
 e podem ser estudadas mais atentamente,
assim como o próprio Gigante Caçador Orion
- que sempre nos apresenta um mundo de situações 
incríveis e maravilhosas 
a serem observadas! 

Monoceros e o Cão Maior também nos oferecem
 um mundo de surpresas a serem desvendadas...,
e sempre me parece absolutamente fantástica
a muralha de estrelinhas bem tímidas que constroem a Proa do Navio!
Aliás, o Navio já vem navegando em águas próximas ao nosso olhar...

Imperdível, sempre imperdível, é a oportunidade
de podermos observar e sermos felizes por morarmos no hemisfério sul:
as Nuvens de Magalhães!


As Nuvens de Magalhães nos trazem imensa felicidade
por morarmos no hemisfério sul e podermos, então,
usufruir da maravilhosa observação a olho nu
dessas Nuvens que não são nuvens e sim galáxias
e que escondem um verdadeiro mundo de tesouros....  
Tesouros que vão sendo, vagarosamente,
descobertos e trazidos ao nosso conhecimento!

Aliás, as pequenas porém simpaticíssimas constelações
que enfeitam o horizonte próximo ao sul
são verdadeiramente cativantes em termos de atraírem nossos olhares
para divisá-las, estudá-las, aprendê-las e apreendê-las!

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Saiba mais 

sobre algumas das Constelações bem ao sul
e sobre as Nuvens de Magalhães
acessando meu Trabalho
em
http://daterraaoceueaoinfinito.blogspot.com.br/

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Penso que não podemos deixar de observar

e visualizar e nos encantar e nos emocionar
com a visão esplêndida e maravilhantes
das irmãs que choram, as Pleiades!


As Pleiades sempre me parecem figurar um tercinho, algo assim,
composto de estrelinhas bem delicadas, sutis, quase inefáveis,
e que somente se apresentam em lugares de céus mais escuros e transparentes.

Quando em noites de ausência de Lua
e em lugares de céus escuros e transparentes,as Pleiades ganham luminosidade,
surgem de onde estiveram escondidas
e se apresentam magnificamente
e sempre nos emocionam muitíssimo,
nos trazendo o desejo de podermos rezar em suas continhas de terço celeste!
As Pleiades formam um aglomerado, 
com Alcyone como estrela principal, 
estrela situada no ombro do Touro.


Distância: cerca de 350 anos-luz.
Aglomerado de mais de 400 estrelas
 em uma área de um grau de diâmetro
 e facilmente visível a olho nu.

As Pleiades ou Atlântidas eram as sete filhas de Atlas e Pleione,
seis das quais podem ser vistas a olho nu e uma invisível ou “perdida”. 

Elas eram as companheiras virgens de Diana
e foram levadas para o céu
para escaparem do Gigante Orion que as importunava. 

De acordo com outro mito, 
as Pleiades foram para o céu por causa de suas tristezas
 com o destino de seu pai, Atlas, 
que carregava o mundo nas costas.

Os nomes das Irmãs que Choram e de seus pais  são:
Alcyone, Maia, Electra, Merope, Taygette, Celaeno e Sterope,
com a adição dos pais, Atlas e Pleione.

A Plêiade que se perdeu parece ser Merope, que casou-se com um mortal, Sisyplus,
e por isso escondeu-se
 por ser a única filha que não foi casada com um deus.  

Outro mito diz que foi Electra quem desapareceu
 em função de sua dor pela destruição de Ilium,
que foi fundada por seu filho Dardanos.

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Saiba mais
sobre a Constelação do Touro
acessando meu Trabalho
em
http://daterraaoceueaoinfinito.blogspot.com.br/2013/08/taurus-o-touro.html




Stellarium




Veja na Ilustração abaixo, Caro Leitor,
que ainda é bem possível observarmos com amplitude
a constelação do Cavalo Alado, Pegaus
- embora não esteja esse imenso asterismo envôlto pela
passagem da Via Lactea.

O que nos chama a atenção imediatamente
é o Grande Quadrado de Pegasus
- sendo que uma de suas estrelas é, na verdade, estrela-alpha Andromeda:
quer dizer, uma estrela, Alpheratz, compartilhada 
pelo Cavalo Alado e pela Donzela e Princesa Acorrentada!

Em Andromeda, não deixe de buscar por seus binóculos
para bem emocionar-se ao visualizar a galáxia com o mesmo nome,
nossa irmã mais querida - com a qual, muito possivelmente, estaremos
nos abraçando e nos tornando irmãs siamesas 
em cerca de 4 bilhões de anos à frente!


O Mito de Andromeda:

Andrômeda era a filha de Cefeus,  rei da Etiópia, e de Cassiopeia.  Por causa dos boatos espalhados por Cassiopéia de que a beleza de Andrômeda superava a das Nereidas, Netuno enviou um mostro marinho, Cetus, a Baleia, para devastar aquele país.  Porém, Netuno fez a promessa de libertar o país dessa devastação caso Andromeda fosse oferecida em sacrifício, sendo acorrentada a uma rocha, para ser devorada pelo monstro marinho.  No entanto, Perseus soube desse caso e salvou Andrômeda de seu tormento matando o monstro e o transformando em pedra ao lhe mostrar a cara da Medusa.  Ambos, Perseus e Andrômeda, alçaram vôo alto, sobre Pegasus, o cavalo alado, e se dirigiram para o altar onde se casaram.


É realmente interessante percebermos que as constelações de Cepheus e de Cassipeia se posicionam muitíssimo próximas ao círculo polar - e mal podem ser visualisadas por inteiro por mim (que moro em Latitude 21S52 e Longitude 43W00).  No entanto, as constelações de Perseus, de Pegasus e de Andromeda já se situam a meio caminho entre o norte propriamente dito e o Equador celestial.   

O mito de Andromeda e Perseus nos fala sobre o fato de que a Princesa foi acorrentada numa ilha....  Podemos, então, perceber que exatamente no Ponto Vernal, quer dizer, o ponto de entrecruzamento entre as Linhas do Equador Celestial e da Eclíptica se situa  um tantinho abaixo do Grande Quadrado que une as constelações do Cavalo Alado Pegasus e de Andromeda, na simpática e tímida em suas estrelinhas formando dois círculos, a constelação Pisces, os Peixes.  Quer dizer, o mar está implícito neste Mito de Andromeda!

E também não podemos deixar de notar que neste mar - porém um tanto mais distante, digamos assim -, nada e se apresenta de maneira absolutamente imensa o Monstro Cetus, a Baleia...., porém já no chamado hemisfério sul do Globo Celestial!  Quer dizer, Cetus é uma ameaça, sim - assim como o Mito insiste -, mas situa-se mais distanciado (mesmo que imensamente grande e chamando nossa atenção exatamente por seu tamanho descomunal....

Estas questões sempre podem ser apreciadas em lugares de céus escuros e transparentes.

Aliás, sempre que estivermos diante do Grande Quadrado do Cavalo Alado Pegasus chegando até Andromeda, constelações ao Norte,
devemos fazer um traçado diretamente para o Sul até alcançarmos e nos deixarmos embevecer pela visão maravilhosa das duas Nuvens de Magalhães!  (Aqui na roça do Sítio das Estrelas, onde moro e trabalho, um ajudante meu sempre apontava para estes dois pontos esfumaçados dos céus do sul dizendo que era as Mulas do Presépio de Jesus!).

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Saiba mais 
sobre a Constelação de Andromeda
acessando meu Trabalho
em
ANDROMEDA,  
A PRINCESA ACORRENTADA
 http://sobreandromeda.blogspot.com.br/



Stellarium




Enquanto estivermos observando o Cavalo Alado Pegaso e Andromeda
- assim como comentamos mais acima -,
podemos nos voltar para o horizonte sul
e então buscarmos por outras galáxias também nossas irmãs 
(por pertecerem ao chamado Grupo Local, ao qual fazemos parte juntamente com Andromeda
e mais tantas outras galáxias, algumas maiores e outras de menor porte).

Essas também galáxias nossas irmãs são 
as Nuvens de Magalhaes,
 duas joias maravilhosas que se perpetuam nos céus bem ao sul.


Uma das grandes alegrias em morar na roça
e buscando céus mais escuros e transparentes,
é poder observar a olho nu
as Nuvens Pequena e Grande de Magalhães.

Eu sempre me divirto (e até quase fico tonta)
quando me deparo ao norte
com a maravilhante visão da Galáxia de Andromeda
(que pode ser observada a olho nu e usando a vista enviesada)
e, num giro corporal, volto-me para os céus do sul
e me deparo com a belíssima visão das Nuvens Pequena e Grande de Magalhães!

(Talvez a tontura também fique por conta
do fato de que posso olhar à visão desarmada
para três Galáxias que,
adjuntando com a Galáxia onde me encontro, a Via Lactea,
formam os principais conjuntos estelares
do nossa família galáctica tão intimamente nomeada de Grupo Local!).

Aqui na roça, um antigo caseiro meu
dizia que estas duas "Nuvens"
são as mulas do presépio do Menino Jesus...

Não importa o que se pense sobre estas Nuvens
- que quase sempre nos engana, parecendo nuvens mesmo! -,
porque o importante é que elas a nós se apresentam enfeitando os céus do sul...,
e fazem isso de maneira tão simples, quase humilde!

Quer dizer,
as nuvens que nomeamos de Nuvens e que sabemos serem Galáxias
parecem esconder (assim como as nuvens escondem)
um mundo de maravilhas.... , 
porém apenas se apresentando
 enquanto nuvens, simples nuvens, simples quase-enganos.

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Saiba mais 
sobre as Nuvens de Magalhães
e sobre as Constelações que a acolhem
- Dorado, Hydrus, Mons Mensa e Tucana -
acessando meu Trabalho
em




Stellarium



Na Ilustração abaixo, Caro Leitor,
podemos perceber que, à medida que o tempo avança, que as horas passam,
o Gigante Caçador Orion busca seu lugar no zênite, no meio do céu,
ao mesmo tempo que vemos que a macha esbranquiçada da Via Lactea 
vai também acompanhando este caminhar de Orion, movendo-se mais e mais
desde o Leste até o Oeste
e mantendo a constelação do Gigante Caçador como o caminho do meio
entre a Via Lactea que surge a partir do Navio, bem ao sul,
até Perseus e Andromeda, ao norte...., e próxima ao horizonte norte,
no acolhimento das constelações Cefeus e Cassiopeia.

Existe uma constelação que não acolhe a passagem da Via Lactea
porém é de importância ímpar em nossas observações dos céus estrelados mais ao sul:
Eridanus, o Rio dos Céus!

O Gigante Caçador Orion parece fazer parte de vários diferentes cenários
- apresentados através algumas constelações com as quais Orion mantém algum tipo de
relação:
O mito nos conta que Orion quis fazer mal às irmãs chamadas Plêiades
e, por esta razão, existe a constelação do Touro separando estas duas constelações.
Sabemos que o mito nos conta que Orion e Escorpião não podem viver lado a lado
- no sentido de resguardar o Gigante Caçador do ferrão cruel do animal rastejante...
mesmo já ambos transformados em estrelas!
O mito nos diz que Orion, após ter sido ferroado pelo Escorpião e de estar já moribundo,
foi carregado até uma praia...
...... possivelmente esta praia pertence ao mar, ao oceano onde o Navio navega
e também a Foz do Rio que começa aos pés do Gigante Caçador
acontece realizado pela proximidade
da estrela que representa a Foz do Rio Eridanus, Achernar, estrela-alpha Eridanii,
e Canopus, estrela-alpha Carinae, a Quilha do Navio Argo.

O Rio Eridanus nasce bem aos pés - estrela-beta Orionis, Rigel -
do Gigante Caçador, Orion.  A estrela-beta Eridanii, Cursa, 
aponta para este lugar de nascimento do Rio dos Céus Estrelados.

Uma estrela pisca me chamando: é Achernar!  Ei-la que surge majestosa, iluminando os céus bem ao sul, apontando para o Rio Eridano, sinuosamente enredilhando-se pelas terras desde os pés do Gigante Caçador até desaguar suas águas através esta maravilha que vem anunciando a chegada do mar!

É realmente muito agradável termos uma bela visão dos céus bem mais ao sul - apesar de que, confesso, a multidão de pequenas constelações ainda me confunde, ainda não sei bem delinear muitas delas, deixo-me envolver por um certo tom de caos..., talvez parecido com o inicial caos que teria advindo aos observadores dos céus, há alguns poucos séculos, quando aproveitaram as caravelas arrojadas e desbravadoras de novos mares nunca dantes navegados (e também os navios a vapor) para conhecerem as estrelas buscando o sul...

Penso que o sul traz um tom de fantasia, de imaginação solta, de paraíso na Terra, algo assim - e também de desejo e de concretização de ideais e de situações agradáveis, confortantes ao coração.  Quer dizer, as constelações bem mais ao sul que foram sendo figuradas, delineadas e nomeadas, expressam, de alguma forma, estas questões.

Uma questão bastante fundamental é o fato de que para bem podermos conhecer os céus estrelados mais ao sul, é preciso que estejamos em lugares de céus escuros e transparentes e, preferencialmente, em noites sem-Lua.

(De uma maneira geral, as pessoas se mostram surpresas quando eu digo que o melhor momento para o observador de estrelas acontece quando Selene está ausente - nem que seja por algumas horas, em tempos de Lua de Nova a Crescente ou de Lua Minguante a Nova!).

No caso do Rio Eridanus, eu somente consigo delineá-lo nos céus estrelados quando a noite é escura, bem escura - pois que as estrelas que compõem a sinuosidade maravilhosa apresentada por esta constelação são luzes não muito iluminadas - com a fantástica exceção da estrela-alpha Eridanii, Achernar!

Ainda existem outras questões bem importantes
que envolvem a entrada em cena nos céus estrelados do sul
da constelação do Rio Eridanus:
Se você olhar atentamente a carta celeste,
verá que a pequena constelação Fornax, a Fornalha,
é quase que inteiramente envolvida
por uma das sinuosidades por onde o Rio Eridanus passa.
E também, olhando um tantinho ao sul,
você perceberá a presença da constelação Dorado, o Peixe Dourado.

Esse lugar no céu - imenso espaço! -, revela Aglomerados e Voids
e são conhecidos como Fornax Cluster e Eridanus Cluster e Fornax e Eridanus Void.
A bem da verdade,
muitas das vezes o Leitor encontrará a menção da constelação Fornax
nomeando Aglomerado e Void
- nem sempre o nome Eridanus estará sendo mencionado
(ou mesmo o nome Dorado, em alguns casos).

Porém, ainda mais importante, a meu ver,
é o fato de que é possível que exista o maior Void já encontrado
exatamente na direção da constelação Eridanus.

Tudo isso quer significar que
sempre que estivermos observando a constelação do Eridanus ,
em uma de suas curvas de Rio,
saberemos que além, muito além de nossa visão apenas física,
existe um mundo imenso, gigantesco,
um mundo de galáxias aglomeradas e também um mundão de Vazio.

Quer dizer, Luz e Vazio existem para ainda além do Rio.

Quando Achernar alcança seu lugar mais alto nos céus estrelados do sul, acontece uma situação muitíssimo interessante: visualmente, Canopus, estrela-alpha Carinae, e Achernar, estrela-alpha Eridanii, apresentam-se num mesmo nível e enfeitam imensamente o céu sulino e cativam nosso olhar.

O Gigante Órion também alcança o zênite e suas três estrelas formadoras de seu Cinturão - Alnilan, Alnitak e Mintak -,
 sorriem para nós como se fossem as Três Marias
 (porque são assim nomeadas popularmente).

O outro momento fantástico é revelado pela caudalosa fumacinha branca de estrelinhas de algodão formando a Via Lactea e iluminando imensamente esta parte do céu, desde o norte até o sul!

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Saiba mais 
sobre o Rio Eridanus
acessando meu Trabalho
em
ERIDANUS, O RIO ERIDANO DOS CÉUS ESTRELADOS



Stellarium





ÓRION NO MEIO DO CÉU!


Eu sou realmente encantada com os desenhos formados pelas estrelas
que compõem a constelação Orion:
podemos ver seu corpanzil, sua cabeça,
seu braço levantando a clava
e seu outro braço segurando o leão abatido.  
Podemos ver seu Cinturão famoso por suas três estrelas óbvias:
as chamadas Três Marias
e que também são conhecidas como
Mintaka, Alnilan e Alnitak.  
Podemos ver sua Espada!

E, com boa visão e sempre em lugares de céus escuros e transparentes,
podemos ver - ou entrever com visão enviesada -
os objetos celestes (esfumaçados) rondando a estrela Alnitak 
bem como apreciarmos imensamente e sempre a olho nú
 os objetos (esfumaçados) que perfazem a Espada de Orion.

É claro, confesso, que sempre podemos ter a boa ajuda
de um simpático par de binóculos
bem como de um simpático telescópio
para bem podermos observar com maior nitidez
todos estes objetos maravilhosos, em Orion!

E sempre podemos nos deleitar com as imagens soberbas
realizadas pelas lentes ópticas dos fotógrafos mais profissionais
e pelos super-telescópios!

A bem da verdade, penso que a constelação do Gigante Orion
sempre nos encanta de qualquer maneira que a contemplemos,
seja através nossa visão desarmada
 ou através nossa visão por detrás de lentes ópticas simples ou mesmo poderosas!

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Saiba mais
sobre a Constelação de Orion
em suas estrelas mais conhecidas
As Três Marias, seu Cinturão!
acessando meu Trabalho
em
http://oceudomes.blogspot.com.br/2014/04/lua-sorrindo-para-as-tres-marias-o.html


Stellarium




É interessante, neste momento,
observarmos o fato de que
a Via Lactea
- que vinha fronteirizando constelações ao norte 
(Cefeus e Cassiopeia)
e então começando a vivenciar um tom mais querendo se aproximar do sul
(Andromeda e Perseus)
para começar a descer rumo ao sul, realmente,
passando por entre Touro e Gêmeos e então alcançando o Gigante Órion,
no meio caminho entre norte e sul!

O Cão Maior acolhe a Via Lactea já galgando os lugares mais ao sul,
e depois o Navio entra em cena, surgindo de mares nunca dantes navegados!

A partir do Navio, parece que a Via Lactea sente-se inteiramente à vontade
para fronteirizar algumas constelações mais próximas ao horizonte sul...
(talvez seja um sentimento estelar de retorno às origens de seu lugar de Revirão, 
sentindo-se atraído pelo encontro entre as constelações do Escorpião e do Sagitário).

Assim,
com o caminhar das estrelas da noite,
 observamos que Argo Navis vem também anunciando 
a entrada em cena do Centauro
 (acolhendo todos seus fantásticos mistérios.... 
como o Agrande Atrator, por exemplo,
 e a imagem  emocionante de Omega Centauri).  

Não tem quem no hemisfério sul não conheça as estrelas Alpha e Beta Centauri, 
Rigel Kent e Hadar
 - algumas pessoas sabem que Rigel Kent é um sistema Triplo 
e que uma dessas estrelas é a Proxima Centauri
 e assim chamada por ser a estrela mais perto de nossa própria estrela, nosso Sol!..., 
muito próxima estrela, realmente, 4 e pouquinho anos-luz,
 logo ali, 
no quintal ao lado de nosso quintal, o Sistema Solar onde habitamos!

E não tem quem no hemisfério sul não conheça o Cruzeiro do Sul!  
Existem poucos lugares no céu que são realmente conhecidos por todos: 
as chamadas Três Marias - Mintaka, Alnitak e Alnilan, o Cinturão do Gigante Órion - 
e o Cruzeiro do Sul!  
(Certa vez, retornando de uma viagem à Europa, 
o avião fez uma escala nas Canárias.... 
e qual não foi minha alegria quando olhei para o céu 
e pude reconhecer o Cruzeiro do Sul
 me trazendo as boas-vindas: eu estava já em casa!
  É bem assim mesmo: 
o Cruzeiro do Sul nos traz o tom de estarmos em casa 
- para os moradores do hemisfério sul, é claro!

Eu penso que toda a trajetória de Argo Navis, o Navio Argus, 
nos traz muitas emoções
 e uma dessas emoções intensas
 é o fato de que a Via Lactea se faz presente ao longo de seu trajeto,
 cortando os céus estrelados desde sua chegada no horizonte sudeste 
e já em meio à fumaça de estrelas e objetos advindos desde Perseus e Auriga, ao norte, perpassando por Órion, por Cão Maior... 
e ainda seguindo um novo caminho, alcançando o Centauro,
 e buscando pelo Escorpião e pelo lugar que nos leva ao centro da Galáxia
, já nas imediações vicinais ao Sagitário  
e pegando carona, no Great Rift, o Rio do Vazio da Via Lactea, 
nas asas de Aquila, a Águia, 
e indo até, de um lado, a belíssima Lyra e sua estrela-alpha Vega,
 e, de outro lado, 
a também maravilhosa Cygnus, 
abrindo suas asas 
e terminando seu alçar de voo através sua estrela-alpha, Deneb.



Stellarium




Argo Navis é
o Navio sempre coroado de estrelinhas esfumaçadas
pois que carrega consigo um pedacinho da Via Lactea!

Aliás, exatamente pelo fato de a Via Lactea
fazer parte tão importante no Navio,
é que viemos comentando,
 - ousadamento (eu confesso) -,
sobre algumas questões voltadas para o fato de que
o Navio consiste de Pôpa, Quilha e Vela
e sempre foi assim - mesmo antes de ser desmembrado
em três constelações, mais recentemente
(em 1756, pelo astrônomo Abbe La Caille,
quando morando e trabalhando na África do Sul
e observando os céus estrelados do hemisfério austral).

E a Proa, onde está a Proa, por que não existe Proa
em Argo Navis, o Navio Argus?



O Mito sobre Jasão e os 50 Argonautas,
sobre a construção do Argo Navis
e sobre sua Viagem
nos diz que

Quando Argo Navis passou através o Estreito de Bósforo e rochas desmoronaram,
o Navio foi virado e naufragou....;
e subiu aos céus
porém sem estrelas apresentando desde a Proa até o mastro.
... mas todo o resto é brilhante!

Assim R. H. Allen comenta
sobre os dizeres de Aratos acerca esta circunstância.


Aparentemente, as rochas desmoronaram exatamente sobre a Proa
- daí uma explicação mítica sobre seu desaparecimento....
quando o Navio foi levado aos céus, segundo o Mito.


Convido você, então, Caro Leitor,
a buscarmos por algum tipo de explicação não-mítica
que nos sacie em nossos questionamentos
do porquê Argo Navis, o Navio,
não se apresentou nunca nos céus estrelados
com sua Proa
e sim somente com sua Pôpa, sua Quilha e sua Vela!

Se partirmos nossa busca pelo Navio
a partir da belíssima estrela-alpha Canis Majoris, Sirius,
desviaremos o olhar um tantinho a oeste e ao sul.... e
encontraremos quase um paredão de estrelas!

Isso se constitui no começo da Pôpa do Navio, Puppis,
e é absolutamente surpreendente em sua visão
- sempre em momentos sem-lua
e em lugares de céus escuros e transparentes.

Podemos perceber,
ao estudarmos um tantinho a mais sobre as constelações
ao sul dos céus estrelados,
que estas parecem se confundir com um verdadeiro paraíso, não é verdade?.....

Talvez tenha sido como um paraíso que as mentes do passado
e habitando o hemisfério norte
poderiam considerar as terras mais ao sul e,
como um espelho celeste,
os céus estrelados do hemisfério sul...,
onde seus olhos não conseguiam enxergar
mas conseguiam imaginar, sem dúvida alguma!

É bem possível que as mentes do passado tenham mitificado
a constelação do Navio sem uma Proa...
pelo simples fato de que suas visões dos céus estrelados do sul
não lhes permitiam delinear essa figuração estelar,
lhes barrando os olhares sobre Argo Navis...,
quase como o Navio estivesse desaparecendo no horizonte longínquo,
afastando-se, rumando em frente
e em direção à curvatura do oceano dos céus estrelados...
navegando para ainda além do horizonte....,
nos deixando entrever apenas sua Pôpa, sua Vela e parte de sua Quilha.

Podemos pensar, no entanto,
em outras questões
que possam nos fazer melhor compreender
sobre a ausência da Proa do Navio....

Segundo Richard H. Allen, em seu livro
Star Names, Their Lore and Meaning
– fantástico livro e já em domínio público
e publicado na Internet
e traduzindo literalmente o texto abaixo,
de forma simples e sintética, por  mim, Janine:


O Navio parece não ter Proa ....................
Segundo Aratos, a perda da Proa parece haver ocorrido
when Argo pass'd
Through Bosporus betwixt the justling rocks —
All Argo stands aloft in sky

Part moves dim and starless from the prow
Up to the mast, but all the rest is bright;


Quando Argo Navis passou através o Estreito de Bósforo e rochas desmoronaram,  o Navio foi virado e naufragou....;
e subiu aos céus porém sem estrelas
apresentando desde a Proa até o mastro....
mas todo o resto é brilhante!


A bem da verdade,
quando as constelações e estrelas e objetos mais ao sul
 foram sendo observados por astrônomos advindos de países do hemisfério norte
 e nomeados e ordenados,
no caso do Navio
ao invés de a Proa ser inserida,
bem ao contrário, o Navio foi desmembrado
em Quilha (Carina), Vela e Pôpa (Puppis).

E por que a Proa não pôde ser inserida?
Podemos perceber que existe a vizinhança
 composta pela imensa constelação do Centauro
e exatamente no lugar onde a Proa do Navio poderia ter sido inserida
 podemos ver uma das patas do Centauro
escudando nosso Cruzeiro do Sul!

Buscando compreender melhor sobre a questão da ausência de Proa
(já manifestada através o Mito) do Navio,
pude constatar que  Carinae Nebula acontece exatamente no lugar
onde a Proa poderia se situar!

Da mesma forma,
constatamos que as chamadas Pleiades do Sul ou Austrais
acontecem exatamente no lugar
onde a Quilha poderia ter seu término!

Ou seja, quando as Ilustrações do passado
mostrando um tanto de fumaça/poeira
 de pedras desmoronadas por sobre a Proa...,
não seria esta 'fumaça', esta poeira,
a visão aguçada sobre  a Grande Nebulosa Carina
e ratificada sobre as Pleiades do Sul?


Será?
No lugar onde deveria se situar a Proa do Navio Argo,
além da Grande Nebulosa Carina (NGC 3372),
estaremos encontrando as famosas Plêiades do Sul,
 IC 2602.

A bem da verdade,
mesmo que volvamos nossa olhar
- enquanto moradores do hemisfério sul -
para os céus estrados austrais,
não estaremos encontrando a Proa do Navio!

Quer dizer,
A Proa do Navio Argus existiu quando de sua construção mítica, sim,
mas nunca existiu em sua representação estelar.

Podemos perceber
que a Via Lactea parece esbranquiçar mais e mais
exatamente no lugar onde a Quilha se conclui
e onde a Proa do Navio Argo deveria se situar
- então o Mito compôs essa situação
como pedras desmoronadas e roladas
por sobre a Proa
e que  teriam simplesmente
devastado-a, esmagado-a, destruído-a, ausentes de nossa visão.

Podemos também pensar na questão que a visão do hemisfério norte
para os céus estrelados do sul
acaba trazendo um tom de ampliação lenticular, digamos assim,
desse horizonte
 e trazendo a impressão de que o Navio
 estaria navegando rumo ao horizonte,
desaparecendo por entre a fumaça de estrelinhas
 que compõem a Via Lactea naquele lugar....
.......................

A meu ver, o mito sempre é estruturado em uma verdade;
verdade essa contada a partir da formalização de um mito
e essa formalização não pertence singularmente a um ser somente,
 bem ao contrário,
 faz parte da mente de muitos seres
que comungam de uma mesma compreensão sobre uma mesma verdade
e que, ao comunicarem entre si sobre estas questões,
fazem acontecer o mito,
trazem o mito de seus inconscientes para se tornar um mito consciente.
...................................

Saiba mais 
sobre o Navio 
acessando meu Trabalho
em
Esta constelação, o Navio, fazia parte do grupo de 48 constelações relacionado por Ptolomeu.  Porém, La Caille dividiu o Navio em Carina, Vela e Puppis: Quilha, Vela e Popa




Stellarium




Este momento dos céus estrelados
parece-se com um teclado sendo tocado 
desde as notas mais graves até as notas mais sutis,
em melodia suave, 
num ondular suave desde o norte até o sul, 
como uma onda suavemente surfando os céus, 
através a Via Lactea!

Em tempos de noites de ausência de Lua
e em lugares de céus escuros e transparentes,
nada melhor e nada mais emocionante
do que contemplarmos a olho nu, à visão desarmada,
o Presépio, a Colmeia de Abelhas, 
o ventre maternalizador de estrelas-bebês
que encontramos na constelação do Caranguejo, Cancer!


Uma das cenas dos céus estrelados em noite escura e transparente (e sem Lua, de preferência!) que eu mais aprecio é a visão incrívelmente bela do Presépio, a Manjedoura, a Colméia de Abelhas, o Berçário de estrelinhas-bebês, M44!

A bem da verdade, é preciso que observemos esse objeto maravilhoso quase que com nossa visão enviesada, sim.  No entanto, sempre em noites bem escuras e transparentes, o Presépio nos chama com sua luz tímida porém intensa - como se fosse uma lua cheia de estrelinhas!

É bem assim mesmo: uma lua cheia de estrelinhas tímidas!  Eu penso que a denominação Colmeia de Abelhas acaba sendo perfeita para M44, sem dúvida alguma!

Eu penso que existem duas formas de vermos essa lua cheia de estrelinhas: prefiro vê-las a olho nu.  No entanto, um par de binóculos de resolução baixa também pode ser uma boa escolha.

Seja como for, é sempre importante que estejamos em um lugar de céus escuros e transparentes e em noite sem Lua, de preferência.

Uma outra questão também interessante é o fato de que o Presépio se situa muitíssimo próximo à Linha da Eclíptica e isso quer dizer que os Planetas vão passeando muito próximo a este belíssimo objeto.

No caso de Marte e Saturno, por exemplo, eu penso que esta passagem é sempre gloriosa.  No caso de Vênus e de Júpiter, por outro lado, eu penso que a luz desses Planetas um tanto que acaba afugentando as estrelinhas tímidas do Presépio. No caso de Mercúrio..., pelo fato deste Planeta estar sempre tão próximo ao Sol, esta luminosidade do céu matutino ou vespertino acaba impedindo nossa visão da lua cheia de estrelinhas...

Sempre que posso ver o Presépio, é certamente um momento interessante para ir trazendo meu olhar um tantinho ao sul e bem observar a Cabeça da Hydra e ir percebendo o enredilhar de seu corpo estrelado, seu Coração batendo através a estrela-alpha Hyadrae, Alphard, e ainda rastejar junto a esta belíssima e tímida constelação através o Sextante, a Taça e  o  Corvo, bem como o garboso Leão e virginal Virgem, concluindo-se, quase que imperceptivelmente, na proximidade da Balança.

Outra questão também interessante quando estamos em momento de boa observação do Presépio - momentos de céus escuros e transparentes e com a Lua bem distanciada, de preferência -, é o fato de que o Caranguejo vivencia um lugar muito próximo a uma imensa nesga esbranquiçada, um rio de algodão estrelado, a Via Láctea, cortando o céu estrelado de norte a sul... , e, no entanto, a lua cheia de estrelinhas-bebês, a Colmeia de Abelhas, esconde-se na escuridão..., quase como se fosse um quarto sem-luz porém ao lado de uma sala e de um corredor extremamente iluminados!

A constelação do Caranguejo, Cancer, é tão pequena... e ao mesmo tempo tão maravilhosa!  É um cantinho de rara beleza, de maravilhamento, de emoção sem-fim.

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Saiba mais 
sobre o Presépio e a Constelação do Caranguejo
acessando meu Trabalho
em
CANCER, O CARANGUEJO  
 http://sobrecaranguejo.blogspot.com.br/


Stellarium




A noite foi longa...., 
mas sempre chega o momento em que a escuridão parece querer dar lugar à luz, inexoravelmente.  
A escuridão refugia-se nas coxias do grande palco estrelado, 
carregando consigo estrelas e constelações .... 
porque o grande rei, o Sol, vem chegando....

E, quando o Sol entra em cena,
 arrebata todas as demais luzes, 
os spots se apagam, a ribalta se apaga,
 e a luz da Vida simplesmente existe para iluminar toda a platéia, 
o público extasia-se diante da luz, 
sem poder olhá-la, 
apenas deixar que esta luz beije sua pele.

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Nossa longa viagem noite adentro não terminou, porém -
pois sempre poderemos dar-lhe continuidade em algum outro momento
que a escuridão da noite caia sobre nós e nos permite investigar seus mistérios...

O melhor de nossa observação dos céus estrelados,
é que sempre ele, o céu, estará lá 
- independentemente de chuva ou de sol, de nuvens ou de neblina...
pelo menos, ainda durante nossa simples e rápida existência,
o céu poderá vir a ser considerado como uma das poucas questões às quais podemos confiar em seu certo e (quase) eterno retorno...

Ao longo de nossa simples e rápida existência,
o céu pouco muda.  Mudam apenas os posicionamentos da Lua e dos Planetas... , dos planetóides e planetas-anões...
- o Sol continua caminhando em seu Caminho da Eclíptica....
 (que muda, sim, porém
não tão rapidamente que possa vir a ser notada sua mudança em uma só vida simples e rápida nossa).  

Vêm cometas, asteróides, pedras e mais pedras...  
No entanto, as estrelas permanecem por muito e muito e muito tempo do jeito que são.  
Um dia, porém, acontece de alguma coisa mudar
 - uma estrela que parecia ser aqui, parece que andou um tantinho....  
Uma galáxia que víamos somente com visão enviesada, vem se aproximando, aproximando, aproximando, urgindo por um abraço com a Galáxia onde vivemos (ainda)... 

 Tudo bem, nosso Sol também terá mudado, então, terá inchado, desinchado, murchado... 

 Possivelmente estaremos já bem longe, distanciados do ventre materno natal. 

 Será?



Stellarium


A
Longa Jornada Noite Adentro:
 O Revirão da Via Láctea
poderá ser sempre realizada 
quando as constelações do Escorpião e do Sagitário
estiverem se apresentando nos céus estrelados.

No entanto,
eu penso que, para se ter uma real boa ideia
sobre o que significa o Revirão da Via Lactea
é preciso que o Caro Leitor se posicione
 em um lugar de céus mais escuros e transparentes,
com amplitude de visão dos horizontes sul/norte e leste/oeste....,
e distante de luminosidade poluente da abóbada celeste
- assim como acontece nas grandes cidades.

E, é claro, também essa longa jornada noite adentro
precisa acontecer em tempos de Lua recém-Nova ou quase-Nova,
de maneira que a luminosidade de Selene
não atrapalhe nossa visão do Rio Leitoso, a Via Lactea.

Quer dizer, 
é preciso que o Caro Leitor se encontre diante da Via Lactea,
observando a Via Lactea, mergulhando na Via Lactea...;
sentindo-se como se fazendo parte da Via Lactea.  E é.



Stellarium


Richard Hinckley Allen, em seu famoso e importantíssimo livro
Star Names — Their Lore and Meaning -,
nos fala bem sobre 
ESCORPIÃO E ÓRION:
... Aratos said:
When the Scorpion comes
Orion flies to utmost end of earth.

Quando o Escorpião chega,
Orion desaparece no final da terra.

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Aproveito esta oportunidade
para demonstrar ao Caro Leitor
- comentando ainda um tantinho sobre a Ilustração abaixo 
que já apresenta a Ursa Maior quase por inteiro....-,
algumas questões interessantíssimas
que nos apresentam as constelações da Ursa Maior e do Cruzeiro do Sul!


Cruzeiro do Sul e Ursa Maior
são constelações que também podem ser conhecidas
pelo fato de apontarem
para as estações do ano ....
e ainda o apontamento para o Polo Norte
- assim como dizem acontecer
com aquilo que é conhecido como Big Dipper, o Arado, o Carro:
sete estrelas em fantástico desenho na Ursa Maior -,
e
assim como dizem acontecer com a pequena
porém importantíssima
constelação do Cruzeiro do Sul
- que os índios tupis-guaranis
aprenderam a determinar os pontos cardeais,
o intervalo de tempo transcorrido durante a noite
e as estações do ano.


A URSA MAIOR:

As sete estrelas formando O Carro são uma rara exceção
em não serem um grupo de estrelas puramente acidental.
Com a exceção da estrela Dubhe, a estrela Alpha da Grande Ursa,
e de Benetnash (a estrela Eta da Ursa Maior),
as demais cinco estrelas brilhantes viajam juntas através o espaço e formam - juntamente com 12 outras estrelas em vários pontos do céu
- um aglomerado de estrelas que se movimenta
e que está mais próximo de nós do que todos os demais aglomerados estelares.
Sua movimentação se faz em direção ao Sagitário
em cerca de 14 km por segundo.
A conexão física das estrelas do aglomerado são testemunhas de suas origens em comum –
assim como acontece no aglomerado das Hyades, em Taurus,
com uma formação similar.

As sete estrelas que formam o Asterismo de O Carro são:
Dubhe, Merak, Phekdo, Megrez, Alioth, Alcor e Mizar e Benetnash.

O Asterismo dos Pointers, Apontadores, é formado pelas estrelas Alpha e Beta Ursae  Majoris.
Essas estrelas são tomadas como pontos de referência em termos de uma distância e de uma direção.
Percorrendo 5 vezes essa distância, encontramos a Estrela Polar,
situada a 0.8o. do Pólo Norte celestial.

6a. Edição do Atlas Celeste
de autoria de Ronaldo Rogério de Freitas Mourão,
Editora Vozes, Petrópolis, ano de 1986


A ponta da Cauda da Ursa Maior vai sendo observada através seu percurso ao longo do ano e das quatro estações:
Sempre próximo à meia-noite, quando do momento exato de um equinócio ou de um solstício, o Sol estará visitando este determinado ponto da Eclíptica, enquanto a Cauda da Ursa Maior estará apontando para a Oposição deste ponto!

Quer dizer,
podemos perceber
que bem próximo à meia-noite no dia do Equinócio da Primavera
(para o hemisfério norte)
quando o Sol está cruzando o chamado Ponto Vernal,
o rabo da Grande Ursa aponta para o ponto do Equinócio do Outono!



O CRUZEIRO DO SUL:

O Cruzeiro do Sul fica em plena Via Láctea, sendo a constelação mais conhecida dos habitantes do Hemisfério Sul. Ela é formada, em sua parte principal, por cinco estrelas, quatro delas representando uma cruz, e uma quinta fora do braço da cruz. Essas estrelas, pela ordem de brilho, são conhecidas, popularmente, como Magalhães, Mimosa, Rubídea, Pálida e Intrometida. Magalhães (a mais brilhante) e Rubídea (avermelhada) formam o braço maior da cruz; Mimosa e Pálida compõem o menor. A Intrometida (a mais apagada) não consta da representação dessa constelação pelos tupis-guaranis.

O Cruzeiro do Sul está próximo do Pólo Sul Celeste (PSC), prolongamento do eixo de rotação da Terra no nosso céu, parecendo girar em torno dele de leste para oeste, devido ao movimento de rotação da Terra de oeste para leste. Assim, dependendo do dia e da hora, a cruz pode estar de cabeça para baixo, deitada, inclinada ou em pé, sempre fazendo uma circunferência em torno do Pólo Sul Celeste.

A posição da constelação do Cruzeiro do Sul é utilizada pelos tupis-guaranis para determinar os pontos cardeais, o intervalo de tempo transcorrido durante a noite e as estações do ano. Quando a cruz se encontra em pé, o prolongamento do seu braço maior aponta para o ponto cardeal Sul. Olhando para o Sul, às nossas costas temos o Norte, à direita o Oeste e à esquerda, o Leste.

Tendo em vista que o Cruzeiro do Sul efetua uma volta completa em cerca de 24 horas, o tempo gasto, por exemplo, para ir da posição deitada até a posição em pé é de 6 horas. Assim, podemos determinar o intervalo de tempo transcorrido em uma noite observando duas posições do Cruzeiro do Sul.

O início de cada estação do ano é determinado pelos tupis-guaranis considerando a posição da cruz ao anoitecer: no outono ela fica deitada do lado esquerdo do Sul, isto é, para leste; no inverno, fica em pé apontando para o Sul; na primavera, ela se encontra deitada para o lado oeste e no verão de cabeça para baixo, abaixo da linha do horizonte, sendo visível somente após a meia-noite.



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Saiba mais sobre este Tema,
acessando meu Trabalho 
em
http://oceudomes.blogspot.com.br/2014/07/antes-da-chegada-da-lua-observe-cruz-e.html

Sobre o Cruzeiro do Sul,
acesse meu Trabalho
em
http://daterraaoceueaoinfinito.blogspot.com.br/2013/08/crux-cruz-o-cruzeiro-do-sul.html


Stellarium




Ah,
 a observação dos céus estrelados a olho  nú 
é algo realmente encantador, 
emocionante 
e somente aqueles que se dedicam a esse tipo de observação 
saindo de suas poltronas (the arm-chair astronomer)
 e das telas maravilhantes de seus computadores -,
 conseguem compreender 
o maravilhamento que as estrelas e suas constelações 
e alguns objetos celestes visíveis à vista desarmada 
nos proporcionam, 
gratuitamente 
e quase eternamente....






Comet Lovejoy over Australia.  Author: Jia Hao

http://en.wikipedia.org/wiki/Zone_of_Avoidance#mediaviewer/File:Milky_Way_infrared.jpg
Milky Way infraredPublic Domain
The Milky Way creates a Zone of Avoidance for local observers



Os desenhos formados pelas estrelas
 – As Constelações - 
são como janelas que se abrem para a infinitude do universo
 e que possibilitam nossa mente a ir percebendo que existe mais, bem mais,
 entre o céu e a terra 
bem como percebendo que o caos,
 vagarosamente, 
vai se tornando Cosmos 
e sendo por nossa mente conscientizado.  


Quer dizer, nossa mente é tão infinita quanto infinito é o Cosmos.

COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward


Visite minhas Páginas:


O Céu do Mês
Este é um Trabalho voltado para os Amantes dos Céus Estrelados
 - aqueles que já (re)conhecem as Constelações e suas Estrelas bem como os Planetas... 
e aqueles que ainda estão começando a se deixarem maravilhar 
com o Caminho Aparente do Sol, da Lua e dos Planetas, mês a mês.


e

DA TERRA AO CÉU E AO INFINITO
Constelações, Estrelas e Objetos Celestes 
(sob o ponto de vista do Mundo Ocidental)

suas histórias, seus mitos, seus significados, suas imagens e suas sintetizadas descrições 




https://www.facebook.com/CapturingTheNight/photos/a.403234679735096.94661.386621064729791/762985123760048/?type=1&theater
http://www.capturingthenight.com/
"Infinity"