Olá!
Nesses tempos de julho, agosto e setembro,
quando logo ao cair da noite
podemos observar a presença
das constelações do Escorpião e do Sagitário
buscando seus lugares no zênite,
no meio dos céus estrelados,
eu gostaria de chamar a sua atenção, Caro Leitor,
no sentido de acompanharmos o andamento
não somente da constelação do Escorpião
como também no caminho do meio entre esta constelação e o Sagitário,
realizando seu semi-círculo advindo do horizonte Leste mais ao Sul
e indo em direção ao horizonte Oeste mais ao Sul...
– sempre em tempos de céus escuros e transparentes
e com a boa ausência da Lua, certamente.
A nossa atenção deve se voltar para
os braços que se estendem a partir do corpo central do Escorpião,
ou melhor,
de sua cauda já voltada para fronteirizar com a constelação do Sagitário
(lugar que podemos traduzir
como o direcionamento para a região central de nossa Galáxia):
Ou seja,
Ou seja,
quando o Escorpião surge no horizonte Leste mais voltado para o Sul
e quando a noite vai fazendo seu andar,
podemos presenciar os braços da Via Láctea
que se estendem mais ao Sul e mais ao Norte,
abraçando várias constelações mais ao Sul e mais ao Norte...
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O Revirão da Via Láctea
DESCORTINANDO A VIA LACTEA
Caro Leitor,
convido você a realizar um passeio ao longo da noite
para bem poder observar
o interessante Revirão da Via Lactea
que acontece a partir do ponto entre as constelações do Escorpião e do Sagitário
e que nos leva ao centro de nossa galáxia.
A
Longa Jornada Noite Adentro:
O Revirão da Via Láctea
poderá ser sempre realizada
quando as constelações do Escorpião e do Sagitário
estiverem se apresentando nos céus estrelados.
No entanto,
eu penso que, para se ter uma real boa ideia
sobre o que significa o Revirão da Via Lactea
é preciso que o Caro Leitor se posicione
em um lugar de céus mais escuros e transparentes,
com amplitude de visão dos horizontes sul/norte e leste/oeste....,
e distante de luminosidade poluente da abóbada celeste
- assim como acontece nas grandes cidades.
E, é claro, também essa longa jornada noite adentro
precisa acontecer em tempos de Lua recém-Nova ou quase-Nova,
de maneira que a luminosidade de Selene
não atrapalhe nossa visão do Rio Leitoso, a Via Lactea.
Quer dizer,
é preciso que o Caro Leitor se encontre diante da Via Lactea,
observando a Via Lactea, mergulhando na Via Lactea...;
sentindo-se como se fazendo parte da Via Lactea.
E é.
Escorpião no Meio do Céu:
O Revirão da Via Láctea
Janine Milward
Quando o Escorpião alcança seu momento de Zênite, no meio do céu,
agora em Agosto, bem ao cair da noite,
vemos que existe a Via Láctea também praticamente cortando os céus
desde o sul até o norte, em meio do céu...
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Quando o Escorpião começa a realizar sua descida
Quando o Escorpião começa a realizar sua descida
em direção ao horizonte oeste mais voltado para o Sul,
vemos que o braço da Via Láctea mais ao Sul também desaparece
um tanto de nossos olhares curiosos e observadores
– pois retornará nos céus da madrugada,
quando o Escorpião tiver realizado seu semi-círculo distante de nossos olhos!
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Teremos a boa oportunidade de observar
que o braço da Via Láctea voltado para o Norte,
parece varrer as constelações e as estrelas
e carregá-las todas para também irem desaparecendo gradualmente
em seus lugares próprios no horizonte oeste:
quer dizer,
a partir do ponto da linha do Equador Celestial,
aqueles objetos mais ao sul, fazem a linha semi-circular direcionada mais ao sul;
aqueles objetos mais ao norte, fazem a linha semi-circular mais ao norte
(e, no caso de nós moradores do hemisfério sul,
o norte fica bem mais ampliado, mais espraiado).
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Quando o Gigante Caçador Órion entra em cena no horizonte Leste,
o Escorpião despede-se da cena, caindo no horizonte Oeste.
Diz a lenda que Órion era um gigante caçador, amado por Ártemis, com quem quase se casou. O irmão de Artemis, Apolo, por sua vez, se aborrecia com tal aproximação entre os dois, chegando a censurar diversas vezes sem nunca obter resultado. Certo dia Apolo teve a oportunidade de se ver livre de seus aborrecimentos, percebendo que Órion vadeava pelo mar apenas com a cabeça fora d’água desafiou sua irmã, outra exímia caçadora, a acertar o alvo que distante se movia.
Impecável em sua pontaria ela atingiu em cheio seu amado, que fugia de um escorpião que Apolo havia enviado para matá-lo. O corpo, já moribundo, de Órion foi conduzido à praia pelas ondas do mar. Percebendo o engano que havia cometido, Artemis, em meio às lágrimas, pediu para Zeus colocar Órion e o escorpião entre as estrelas: o gigante trajado com um cinto, uma pele de leão, armado de uma espada e de sua clava, acompanhado por Sírius, seu cão, fugindo de seu inimigo escorpião.(Sírius ou Sírio é a estrela mais brilhante do céu e encontra-se na constelação Cão Maior, perto da constelação de Órion ou Orionte).
Outra versão é a de que Órion tentou violentar a deusa Ártemis. A fim de castigá-lo, Ártemis mandou um escorpião gigantesco morder-lhe o calcanhar, matando-o. Pelo serviço prestado à deusa, o escorpião foi transformado em constelação, simbolizando a raiva de Artemis por ter sido ameaçada de estupro ou, segundo algumas versões, por ter tido sua oferta afetiva e sexual rejeitada. .
Leia muito mais informações
sobre o Mito
de Órion e do Escorpião
acessando
Caro Leitor,
Gostaria de chamar a sua atenção
para as Ilustrações imediatamente acima
e a imediatamente abaixo
- com uma diferença de cerca de duas horas entre ambas
em termos de andamento dos céus estrelados!
Na Ilustração mais acima e com o Escorpião retirando-se de cena,
vemos a Via Lactea caminhando do sul em direção ao norte,
passando por Escorpião e Sagitário, Escudo, Aguia, Vulpecula,
e então encontrando Cefeus e Cassiopeia
(este norte é o limite de minha visão a olho nu)
e então atuando através Andromeda e seu amado Perseus...
e galgando sua movimentação em direção ao sul...
Na Ilustração imediatamente abaixo
e já com a presença maravilhante do Gigante Órion,
vemos a Via Lactea afirmando nas constelações bem ao norte
e então descendo através Andromeda e Perseus,
passando pelo Touro e pelos Gêmeos
e cumprimentando Orion
e então descendo mais e mais através o Cão Maior
até finalmente encontrar o Navio!....
E, sabemos que, com o andar da carruagem da Via Lactea,
do Navio a fumaça estrelada apresenta-se incrivelmente esbranquiçada
através o Centauro...
para novamente ascender ao Escorpião!
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Nos tempos de agosto,
em alta madrugada,
podemos então observar o outro braço da Via Lactea,
o braço mais ao sul, digamos assim
– mesmo que corte os céus estrelados desde o Sul até o Norte, certamente -,
deixando acontecer o Gigante Órion, por exemplo,
que sabemos sempre estar posicionado nos céus estrelados
em oposição ao Escorpião, como reza o Mito.
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O Escorpião, portanto, não estará presente objetivamente
porém sua subjetiva presença poderá ser detectada através o braço da Via Láctea
que vai acontecendo desde ainda antes do Navio
e que vai atravessando o Cão Maior, os Gêmeos, o Boieiro, Perseus...
e se escondendo mais ao Norte...
..............................
É sempre interessante notarmos o fato
de que
quando o Gigante Órion sai de cena deitando-se no horizonte oeste,
o Escorpião entra em cena no horizonte leste!
Vemos a Via Lactea vindo do Escorpião
e avançando através as constelações do Centauro, da Cruz,
viajando através o Navio e
cumprimentando o Cão Maior;
então galgando o Monoceros
e concluindo-se em Órion,
espraiando-se em Touro e em Perseus
e voltando a surgir um tanto em Andromeda, em Cefeus...,
até reassumir seu leito leitoso
a partir dos Cisne....,
voando junto à Águia,
cumprimentando o Serpentário e a Serpente,
usando o Escudo
para novamente
encontrar o ponto entre as constelações do Escorpião e do Sagitário,
o ponto que se dirige para o centro da Galáxia.
...........................................
Esta é a Jornada Noite Adentro.
Milky way by moonlight
http://asterisk.apod.com/viewtopic.php?f=29&t=28772#p177063
Copyright: Emilio Rivero Padilla
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O Revirão da Via Lactea
Janine Milward
O Revirão da Via Lactea um espetáculo imperdível e inesquecível
e que nos traz uma realidade da mecânica celeste
que vai além à realidade que vemos do caminhar das constelações e suas estrelas,
todas advindas do horizonte leste,
galgando as alturas dos céus e concluindo seu passear no horizonte oeste
- com as constelações e estrelas mais ao sul realizando seu caminhar em elipse do sudeste ao sudoeste e com as constelações e estrelas mais ao norte realizando seu caminhar de maneira mais espraiada, digamos assim.
A realidade do Revirão da Via Láctea parece varrer os céus,
como se essa varrição viesse do sul em direção ao norte ou vice-versa...,
como se fosse uma hélice, algo assim,
cobrindo todas as direções,
ao longo da noite
e ao longo do caminhar do Escorpião, fundamentalmente.
A realidade do Revirão da Via Láctea, quando o percebemos realmente
- em lugares de céus escuros e transparentes
e que nos apresentem o chumaço de algodão do caminho
desta Via iluminada em bom estilo! -,
nos faz tremer não somente de emoção
como também em nosso labirinto interior,
é quase como se perdêssemos o chão,
ficamos zonzos, tontos, quase caímos, quase perdemos o equilíbrio.
Os braços da Via Láctea,
centralizados no corpo do Escorpião
fazendo sua fronteira com a constelação do Sagitário,
vão varrendo o céu vindo do sudeste,
caminhando para o leste,
passando pelo noroeste,
pelo norte,
pelo noroeste,
pelo oeste...
e ainda pelo sudoeste,
pelo sul,
novamente pelo sudeste, noite após noite.
Com um abraço estrelado,
Janine Milward
Stargazing
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